Passamos a vida a correr de um lado para o outro, assoberbadas com mil (e um) afazeres. Hoje, tudo é feito à pressa. Comemos a correr, arrumamos a casa em tempo recorde e ainda despachamos os nossos compromissos, familiares e profissionais, com uma rapidez impressionante. A verdade é que andamos sempre numa lufa-lufa e ficamos esgotadas. Quando finalmente aterramos na cama, o que queremos é fechar os olhos e dormir. E o sexo?
Regra geral também é feito a correr, quando é… Por estes motivos, vamos fazer um manifesto anti-rapidinhas! Queremos preliminares demorados! Ansiamos por penetrações vagarosas! Temos saudades de passar horas e hora na cama, nuas, a dar e a receber prazer. Um dos muitos estudos dos, chamados, entendidos na matéria é: quanto tempo dura a relação sexual? Depois, fazem médias entre diferentes países.
Estas comparações fazem-nos lembrar as anedotas do «havia um português, um inglês e um francês», que acabavam sempre mal para todos, menos para o português. Seja qual for a sua nacionalidade, o que lhe propomos é que faça com que o sexo dure mais, que haja cumplicidade entre o casal, que conheça o corpo dele, e ele o seu, melhor do que qualquer mapa de estrada. Outro conselho é não permitir que os seus problemas vão atrás de si para o quarto e se instalem na sua cama. Mantenha essa assoalhada da casa um espaço reservado à intimidade.
Quando falamos de sexo, na verdade estamos a referirmo-nos à qualidade e não à quantidade do mesmo. O importante para o casal é desligar do mundo lá fora e dedicar-se apenas um ao outro, sem pressas, saboreando cada toque, cada beijo, cada palavra dita no calor do momento. Se estivermos, de facto, conectados, esquecemos o passado, o presente e até as preocupações com o futuro. Trata-se de entrega total e, assim, o casal viverá momentos incríveis e inesquecíveis.
É muito importante entender que a entrega dos dois deverá ser a 100 por cento, sem reservas, sem vergonhas e preconceitos. Queremos voltar a sentir «borboletas na barriga», orgasmos intensos e ficarmos com as pernas a tremer e o coração a querer sair do peito. Queremos amar e ser amadas, sem pressa.
Texto: Carla da Silva Santos
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