Atualidade

Carolina Deslandes fala dos momentos menos bons da gravidez

19 Maio, 2017

carolina deslandes

A cantora partilhou com os fãs as dificuldades que sentiu quando foi mãe pela primeira vez e os obstáculos que ultrapassou

Carolina Deslandes partilhou com os seguidores um texto no seu blogue intitulado “Solidão, O Elefante da Sala” em que explica as partes menos bonitas e boas de ser mãe.  Apesar de ter estado relutante antes de o fazer e de esclarecer que não teve uma depressão pós-parto, a cantora explica que nem tudo é um “mar de rosas” no que toca à maternidade:

“A verdade é que todo o processo da gravidez e do nascimento do Santiago trouxeram momentos de felicidade extrema e alguns de tristeza. Tristeza essa que muitas vezes parecia tomar conta de tudo e que eu não conseguia explicar o porquê dela existir.”

A compositora, de 25 anos, explica as inseguranças ditas normais de se ser mãe pela primeira vez, o afastamento da vida social e a falta de predisposição para as tarefas que antes fazia sem esforço. Apesar de todo o apoio que teve da família e dos amigos, explica também que no início se via muitas vezes a ser julgada e criticada pela forma como estava a lidar com a situação:

“Com a chegada a casa e a chegada das visitas a minha ansiedade aumentou, sentia que as pessoas invadiam o meu espaço, sentia que olhavam para mim de lado quando eu intervinha como se eu fosse alguma psicopata controladora que não queria que ninguém tocasse no meu filho, e acima de tudo sentia-me exausta. (…) Mas sentia constantemente que estava a falhar, que devia ser mais rápida, mais perspicaz, sentia sempre que nunca estava a ser tão boa mãe como devia.”

Carolina Deslandes explica que existe um sentimento constante de nunca se ser bom o suficiente para o ser recém-nascido e que chegou mesmo a sentir-se sozinha:

“Acho que nunca me tinha sentido tão sozinha como durante este processo e não era que estivesse. Mas sentia como se só eu é que soubesse aquilo que se estava a passar, e sentia que não o conseguia explicar. Muitas vezes por vergonha. Sentia-me culpada de ter episódios destes numa fase tão feliz.”

Conclui, alertando para o facto de se alguém estiver a passar pelo mesmo, que deve partilhar e tentar procurar ajuda:

“Não é vergonha nenhuma sentirmo-nos sozinhas ou tristes, não é vergonha nenhuma assumir que estamos a ter dificuldades. Por favor falem com alguém, e se alguém vier falar convosco mostrem-se disponíveis, podem fazer toda a diferença.”

 

Conteúdos WIN

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