Tinha 17 anos quando me comecei a aperceber de comportamentos diferentes por parte da minha mãe.
Andava mais agarrada ao telemóvel, ao computador, não mostrava muito interesse nas questões familiares, deixava o meu pai “pendurado” na sala e ia enfiar-se no quarto agarrada às conversas no antigo messenger.
Um dia não resisti e, visto que partilhávamos o mesmo computador, fui ver as conversas que aquilo tinha gravado…
Fiquei completamente chocada com o que li. A minha mãe trocava mensagens com um homem. Mensagens românticas, carinhosas… aquilo que nunca vi para com o meu pai.
Não resisti e, depois de muito pensar e de ficar a matutar no assunto durante semanas, acabei por a confrontar.
«Era alguém que preenchia a lacuna que o meu pai já não ocupava»
Comecei a perguntar se ela se ia separar do meu pai e ela questionou o porquê de estar com aquela conversa. Acabei por «abrir o jogo» e ela não negou.
Explicou que era alguém com quem se sentia bem e que preenchia a lacuna que o meu pai já não ocupava. Desabafou sobre as falhas no casamento e sobre o facto de estarem juntos há 30 anos e «só» existir companheirismo.
Que aquela pessoa a fez renascer e sentir-se outra vez mulher.
E por que não terminava a relação com o meu pai? Porque nenhum dos dois se conseguiria sustentar sozinho!
Durante anos guardei isto para mim… e sabia que a minha mãe estava feliz! Guardei segredo! Até que, alguns anos depois, a minha mãe terminou essa tal relação e contou-me!
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