Família e Carreira

Bebés usados para transportar droga em prisões portuguesas. Saiba tudo!

19 Maio, 2019

Bebés

O nosso site entrevistou três guardas prisionais que explicam de que forma a droga entra nas prisões portuguesas através de crianças.

A existência de droga nos estabelecimentos prisionais portugueses é uma realidade há muito presente, embora só mais recentemente tenha ganhado contornos gigantescos na comunicação social.

Como entra a droga nas prisões?

As notícias que dão conta das festas privadas no interior das prisões com acesso a droga têm chocado o país. Mas, como entram os estupefacientes num espaço controlado e vigiado, que deveria ser sinónimo de segurança?

O nosso site falou com três guardas prisionais, de diferentes estabelecimentos prisionais de Portugal, de modo a perceber como é feita a passagem da droga do exterior para o interior das prisões. António, João e Manuel (nomes fictícios) fazem revelações surpreendentes sobre o uso de crianças como correio de droga nas prisões portuguesas.

«Muitos dos objetos ilícitos que entram nos estabelecimentos prisionais também passam através crianças», começa por revelar Manuel. «Não são elas, por autoria delas, que o fazem, mas que são aproveitadas por quem vai com eles à visita para fazer passar esses objetos. Porque já sabem que à partida poderá haver ali uma tolerância em termos de revista», acrescenta.

Como é feita a revista a uma criança?

Habitualmente, uma revista às visitas é feita com passagem por um pórtico de deteção de metais e através de apalpação. No que diz respeito a crianças, a mesma revista pode divergir mediante a idade do menor.

Segundo nos explica António, «as crianças de colo, normalmente, são só revistadas na sala mais privada, juntamente com a mãe ou com o familiar com quem vai. Já as maiorzinhas, que já consigam andar, passam no pórtico como os adultos, vão à sala com os acompanhantes e é-lhes feita a revista normalmente.»

Bebé transportava droga «no meio das fraldas»

Muitos são os casos em que as crianças que visitam reclusos em estabelecimentos prisionais são usadas para o transporte e passagem de droga. Apesar da revista feita, existem sempre situações que passam e só mais tarde são intercetadas.

«No caso do estabelecimento onde trabalho, a avó pediu para ir à casa de banho com a criança. Detetámos movimentos suspeitos depois da criança ir à casa de banho. Já na sala de visitas, novamente, detetámos movimentos suspeitos e isolámos as visitas e o recluso. Foi feita uma revista e este tinha droga com ela», conta António.

Também o guarda João diz ter vivenciado uma situação em que um bebé transportava «bolotas de Haxixe no meio das fraldas.»

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