Ensinar os mais novos a ler, escrever e fazer cálculos faz parte da educação. Aliás, são atividades que devem ser implementadas desde cedo, mesmo antes de frequentarem a escola. Porém, tão importante como o português e a matemática é ensinar às crianças o valor do dinheiro. É de extrema importância que os mais novos percebam e desenvolvam capacidades de manter, no futuro, uma relação saudável com o dinheiro.
Dos 3 aos 6 anos
Para iniciar a conversa sobre este tema poderá começar por explicar o conceito de rendimentos, que ao trabalharmos temos uma retribuição monetária que nos dá acesso a fazer compras. Explique que para comprar brinquedos, roupas e comida, por exemplo, é preciso ter dinheiro. Use jogos apropriados à idade ou contos infantis para melhor conseguir transmitir esta ideia. Será assim mais simples falar sobre a importância do dinheiro e do significado de poupar. Ao mesmo tempo, pode ir familiarizando os mais pequenos com as notas e moedas, para que consigam começar a identificar o dinheiro e o seu respetivo valor, bem como perceberem a sua utilidade. Nesta fase poderá, também, explicar a diferença entre vontade e necessidade.
Dos 7 aos 11 anos
É durante esta faixa etária que as crianças tendem a ganhar mais maturidade e, por isso, começa a haver espaço para transmitir conceitos mais específicos. è um bom momento para explicar como o rendimento da família pode ser afetado caso exista alguma situação inesperada, logo pode explicar a importância de ter uma almofada de poupança para fazer face aos imprevistos. Nesta idades será, também, interessante atribuir à criança uma semanada simbólica, no sentido de fomentar a responsabilidade em gerir o seu próprio dinheiro.
Dos 12 aos 15 anos
Nesta fase pode trocar a semanada por uma mesada cujo valor já seja maior. É altura de ajudar a criança a definir metas de poupança a longo prazo. Por exemplo, colocar um objetivo de comprar algo através do rendimento que lhes dá. A par disto será interessante incentivar os seus filhos a envolverem-se mais na vida financeira da família.
Peça-lhes, por exemplo, ajuda para identificar produtos que faltam em casa e precisam de ser reabastecidos. Nesta idade pode aproveitar, também, para quando vai às compras explicar-lhes como funcionam as contas bancárias, os cartões de débito, crédito e por aí fora.
Dos 16 aos 18 anos
Nesta etapa, as crianças já estão muito perto de se tornarem jovens adultos, por isso está na altura de começar a falar em casa com eles sobre conceitos financeiros mais complexos, como funcionam os créditos, as vantagens e desvantagens de empréstimos e seguros. Para além disso, para fomentar a importância do valor do trabalho, pode encorajar os seus filhos a terem uma ocupação durante as férias da escola ou a desempenharem alguma tarefa nas horas vagas, que permita que comecem a receber alguma remuneração.
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