As mulheres sabem que há riscos nuns saltos altos elevados – as dores estão cá para nos lembrar disso –, mas, mesmo assim, não deixamos de os usar e de nos sentir confiantes com aqueles centímetros extra de altura. Também sabemos o efeito que umas pernas em cima de uns longos saltos mexem com o imaginário masculino.
Mas, atenção, dados americanos sugerem que os saltos altos são cada vez menos populares entre as mulheres. Mesmo assim, este género de sapatos continua a fazer parte do guarda-roupa, nem que seja para usos ocasionais. Todavia, o que parece elegante à vista é um verdadeiro atentado à saúde da coluna e dos músculos das pernas.
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A questão é que para manter o equilíbrio, quando se está em cima de um salto-agulha, o corpo tem de compensar a elevação forçada. Como é que o faz? Inclinando o peito para a frente e empurrando a base da coluna para trás. Outra consequência direta é ainda o aumento da pressão nos joelhos e na parte da frente do pé. Quanto mais alto o salto, maior a pressão.
De acordo com um estudo do International Journal of Clinical Practice, são os tornozelos, calcanhares e gémeos os primeiros a sofrer com o uso inadequado de saltos altos, mas a lista não fica por aqui.
«Este tipo de sapato pode desequilibrar a zona muscular que apoia a articulação do tornozelo, causando instabilidade, mas também perturbações da coluna vertebral. De facto, os saltos altos alteram a forma de andar, uma vez que, inconscientemente, modificam a postura (ombros mais para trás, cabeça mais para a frente). E esta ligeira alteração, causa uma angulação diferente na coluna que tem um grande impacto nas articulações, calcanhar, tornozelos e também nos joelhos», começa por referir Luís Teixeira, médico ortopedista e fundador da associação Spine Matter.
Conselhos passo a passo
Mas para quem se recusa a abdicar dos saltos altos, deve, pelo menos, seguir as seguintes recomendações deixadas pelo médico cirurgião: Escolha bem o calçado É muito importante que os saltos altos permitam que o pé tenha estabilidade, o que será possível com bases mais largas, evitando também futuras quedas.
Fuja das alturas
Evite os saltos excessivamente altos e opte no máximo por 3/4 centímetros de altura.
O seu número
Muito importante é também que respeite o seu tamanho de calçado, para que o sapato não fique nem apertado, nem folgado.
Respeite o formato dos pés
Além das dores, os saltos altos favorecem a torção do tornozelo e, com o avançar da idade, aumenta o risco de quedas e fraturas secundárias. Além disso, a compressão pode afetar a circulação e causar dores e tensão nestas regiões.
Alongamentos
Faça alongamentos da perna e dos pés diariamente, além da prática regular de exercício físico. Estes exercícios são importantes para prevenir o aparecimento de dores e inflamações.
Descalce-se
Sempre que possível, sente-se, retire o calçado e apoie os pés no chão de forma a corrigir a sua postura e a diminuir a sobrecarga nas estruturas da coluna, ao mesmo tempo que alivia a pressão que o peso do corpo exerce sobre os pés.
Fuja do salto-agulha
Opte por saltos mais largos que concedam mais estabilidade à passada. Modelos de salto-agulha devem ser evitados, sobretudo se muito altos.
Limite o uso
Limite o uso deste calçado a dois, máximo três dias por semana. E nos dias de descanso, procure reforçar as caminhadas.
Hidrate-se
Uma hidratação adequada e é muito importante para prevenir cãibras e para garantir que todos os músculos estão a trabalhar corretamente.
Texto: Revista Maria
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