Ângel Magalhães sobre o episódio deste domingo de Quem Quer Namorar Com o Agricultor:
Na quinta do Tonecas, Francisco Tomás teve o desafio mais sensato desde o início da emissão: tentar perder a barriga com tarefas. O mendiga-amor está sempre com o nível de carência afetiva no auge, mas a parte mais desconfortável foi a conversa com a Maria João. O Tonecas, depois de ter levado uma nega da Yasmyni, provocou o diálogo com Maria João. Se a Yasmyni lhe tivesse dado esperanças ele nem pensaria nela. A conversa teve um tom de romantismo barato e pouco sentido.
O beijo entre os dois, provocado pelo agricultor, veio confirmar o desconfortável momento da situação, postura serrada da candidata com pouca manobra de escapatória. Não esperava o beijo pela parte dela. É um beijo forçado e sem alguma emoção, sorrisos embrulhados de quem está pouco à-vontade com a situação.
Do lado da agricultora Catarina Manique, o trem trem habitual. Esta semana, as tarefas são supervisionadas pela mãe da agricultora para grande desconforto dos rapazes. O interesse da anfitriã continua a ser nulo e até no comportamento da Catarina Manique a olho nu se nota um ligeiro gosto amargo com a situação.
A Catarina Manique bem precisa de respostas, mas elas não existem. Ela idealiza um possível contato romântico com o Daniel, mas ele não. O único aspecto positivo da semana foi a sessão e pose quase que profissional da boys band.
Em Monforte, na zona do ‘panhonhas’ Paliotes – volto a utilizar este termo esta semana -, o ambiente é tenso e a dança improvisada das convidadas não consegue meter um ponto final nas configurações temáticas de lavagens de cérebro da Dalila, que manifesta um interesse a assumir o papel principal de dona do coração do agricultor. Os discursos são pousados em aromas de filosofia e com uma percentagem extrema de manipulação. Já faltou mais para sofrer de síndrome de Estocolmo.
Na quinta do salta poçinhas António Gonçalves, o ambiente é de pura sedução. O agricultor salta de candidata em candidata como uma águia rapina. A chegada da Aurélia veio provocar nas outras candidatas ‘sentimentos’ nunca no agricultor, o que é bastante cómico como cenário.
As tentativas de ‘bullying’ para com a nova candidata têm parecenças de ‘déjà vu’. Sim, estou a repetir-me novamente , gosto de me repetir!
O que mais me chocou nesta altura do campeonato foi o ‘je t’aime’ murmurado pela Susana ao ouvido do agricultor, um exemplo flagrante da banalização do amor. Estas formas de amar são repentinas e demasiado superficiais para o meu gosto. Ele continua convencido que as candidatas sofrem de ‘ciumeira’, mas está completamente enganado, como é óbvio!
Ricardo Bernardes, de Rio Maior, é o meu candidato preferido da semana. Se tivesse que fazer um estudo mais aprofundado sobre o registo emocional do agricultor, diria que não está disponível para qualquer relacionamento que seja. É uma alma livre com hábitos que lhe são próprios e com feridas para curar.
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