Depois de ter estado n’O Programa da Cristina, o primeiro-ministro esteve esta sexta-feira, 3 de abril, nos estúdios da Rádio Renascença. Antes de um segmento de entrevista mais centro na atualidade política, António Costa conversou com as 3 da Manhã, Joana Marques, Carla Rocha e Ana Galvão.
Carla Rocha começou por perguntar ao primeiro-ministro qual é o segredo para manter um ar sereno durante esta crise sem precedentes. «O segredo é saber que esta é uma situação absolutamente excecional e que as pessoas têm um enorme receio perante aquilo que veem acontecer à sua volta. Precisam também de reforçar a sua confiança. E quem lidera tem também de procurar dar o exemplo e transmitir confiança, porque a confiança é essencial para vencermos esta batalha», salientou o chefe do Governo.
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Ana Galvão questionou o primeiro-ministro se este é o momento mais difícil da sua carreira. «Este é o momento mais difícil do país e seguramente não sou eu que estou na situação mais difícil», ressalvou António Costa, salientando o momento dramático que vivem as famílias e também aqueles que trabalham na linha da frente do combate à pandemia.
«Um enorme amor à vida»
Os mais velhos têm sido dos mais resistentes a acatar as medidas de isolamento social e, nessa linha de pensamento, Joana Marques questiona como é que António Costa fez para convencer a mãe a ficar em casa. «A minha mãe, que é uma pessoa dificilmente domável e que tem um profundo amor à liberdade, tem sido hiper-disciplinada. Isso deve-se a um enorme amor à vida e, por outro lado, um grande otimismo. Ela está muito disciplinada, contente e satisfeita em casa. Ela tem consciência de que, assim, vai ganhar anos de vida», diz o primeiro-ministro.
Na semana passada, a reação virulenta de António Costa às declarações do ministro das finanças holandês, durante uma reuião extraordinária do Eurogrupo na qual se discutiam medidas comunitárias de apoio às economias dos membros da UE, foi aplaudida pelos países visados por Wopke Hoekstra. O primeiro-ministro português considerou «repugnantes» as declarações do holandês sobre a falta de capacidade orçamental de Espanha e Itália para fazerem frente à pandemia do novo coronavírus.
Em jeito de brincadeira, Joana Marques questionou o primeiro-ministro sobre como estava a lidar com o facto de ser atualmente o português mais adorado pelos espanhóis. «É porque o Ronaldo não está a jogar em Espanha (risos)», atirou o primeiro-ministro.
Texto: Raquel Costa | Fotos: DR
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