A Autoridade Tributária e a PSP realizaram buscas nas lojas e casas da empresária Inês Pereira, com sede no Porto. Em causa, segundo o Jornal de Notícias, estão suspeitas de existência de uma contabilidade paralela, envolvendo uma sociedade offshore. A cabeleireira pode ter lesado o Estado em milhões de euros.
O inquérito permite perceber a existência de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Está a cargo da Direção de Finanças do Porto, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
O grupo, que é composto por 100 colaboradores e 20 mil clientes, tem vários estabelecimentos no Porto. Inês Pereira é conhecida por ter como clientes algumas figuras públicas.
No dia em que foram efetuadas as buscas por agentes da PSP aos salões de cabeleireiro, residências e escritórios, quatro pessoas foram constituídas arguidos.
Cabeleireira comenta
Contactada pelo Jornal de Notícias, Inês Pereira, detentora do grupo e a principal suspeita, afirma que se trata de uma «fiscalização normal, como acontece em muitos sítios». A cabeleireira garante que não conhecia qualquer inquérito criminal.
A investigação tem apenas em conta os últimos cinco anos do grupo e centra-se nos vários indícios de que os valores que eram pagos pelos clientes em dinheiro não entravam na contabilidade oficial. Estes não eram, então, comunicados ao fisco, sendo antes desviadas para uma sociedade offshore.
As autoridades acreditam que a não declaração de todos os serviços terá lesado o Estado em milhões de euros.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais
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