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Conceição Queiroz paga três mil euros para ter 11 minutos no cinema

12 Fevereiro, 2019

Conceição Queiroz está prestes a realizar um sonho: entrar no «complicado» mundo...

Conceição Queiroz está prestes a realizar um sonho: entrar no «complicado» mundo do cinema. Irá fazê-lo através de duas curtas-metragens, ambas com guião escrito por si e a segunda com realização da jornalista da TVI. A primeira deverá chegar aos ecrãs ainda este ano. «O cinema é uma paixão. É a minha estreia», conta ao site da Maria.

Ainda sem títulos definidos, esta aventura da pivô no «mundo muito difícil do cinema», como o apelida, acontece porque Conceição financiou «tudo» do seu «bolso». «Gastei milhares de euros. Foi um grande investimento da minha parte. Paguei tudo. Quem colaborou não recebeu um cêntimo, mas depois os meios, o catering, as deslocações, ir buscar o realizador [Filipe Henriques] que não conduzia… Fiz as contas e, uma curta-metragem de 11 minutos, custou-me quase três mil euros», relata.

Esta sua primeira história foi gravada em Lisboa e contou com a participação especial de Sofia Aparício, de quem a jornalista é amiga. «Custou-me imenso não lhes pagar, porque as pessoas têm de ser remuneradas pelo seu trabalho», acrescentou a pivô ao nosso site.

«Estou há cinco anos para meter cá fora a minha primeira curta-metragem. Isto mostra o que é o mundo do cinema»

O objetivo passa por enviar este seu trabalho «para os festivais lá fora e, depois, estreá-lo em sala de cinema por cá». «É sobre um homem de quase 90 anos que está numa fase terminal, com cancro, e de um miúdo de dez que toca saxofone e que se aproxima dele. É tão ingénuo que acredita que pode curar aquele homem com a sua música», adianta.

«O senhor de quase 90 anos, que agora já tem mais de 90, é meu vizinho e está sempre a tocar-me à campainha a perguntar quando é que o filme sai»

Uma mensagem aos pais

Conceição Queiroz, que se prepara ainda para lançar o seu quinto livro, explicou que, se esta primeira curta-metragem é meramente ficcional, a segunda já é baseada «na história de algumas famílias» que se cruzaram consigo. Foi gravada em Loures, nos arredores de Lisboa, e quer ser uma chamada de atenção sobre «o pior, que pode acontecer também nas melhores famílias»

«É a história de uma mãe cujos filhos foram sempre exemplares, até ao dia em que a mais nova se desvia por completo e segue um caminho sem retorno. É uma mensagem aos pais, de que por muito que se dê, por muito que se faça, por melhor que seja a educação que se dê aos filhos, o pior pode sempre acontecer», termina.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais

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