Aos 20 anos, Susana Costa cumpre um sonho: pisar o palco do The Voice. “Ou era este ano ou não era nunca mais. Quis trazer a este ano tão mau qualquer coisa de bom”, desvenda. Mas, caso não estivesse a acontecer uma pandemia, talvez Susana nunca o fizesse mesmo. É que a jovem natural da Póvoa de Varzim estava há dois anos a viver em Londres e tudo porque ganhou uma bolsa de mérito no Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance.
“Ganhei a bolsa e caso contrário não estaria a estudar em Londres. Sempre quis ir para fora, mas a minha mãe disse que só acontecia se ganhasse uma bolsa. E ganhei. Acho que ela nunca acreditou que isto pudesse acontecer, porque ela não queria que eu fosse para fora”, conta-nos a concorrente que ganhou um num lugar no The Voice no domingo, dia 18.
Mas não foi só para os pais de Susana que esta mudança foi difícil. “Mudei-me e fui viver para um quartinho. Estava sempre sozinha. Se não fossem as videochamadas diárias com os meus pais, não sei como teria sido. Tenho dificuldade em fazer amigos. Não sou pessoa de me abrir muito e por isso eu passei o primeiro ano em Londres praticamente sozinha”, assume.
“Devido à pandemia da COVID-19, estou em Portugal, a ter aulas via online, e apesar de achar primeiramente que não ia evoluir desta forma, sinto que estou a crescer. Se não estivesse em Portugal, não conseguia participar no programa, e assim posso aliar as duas coisas: os estudos e o sonho do programa”, assegura.
A escola de Marisa no The Voice
Apesar de respeitar o trabalho de todos os mentores, Susana, à partida, não ia escolher um homem. “Comigo acho que funciona melhor trabalhar com outra mulher. Já tive professores homens, agora tenho uma professora mulher e sinto a diferença. As mulheres conhecem melhor o instrumento (voz) de outras mulheres do que um homem”, assegura.
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Texto: Catarina Martins
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