Nacional

Em sofrimento, Cristina Ferreira deixa alerta: «Podemos chegar à situação de Itália»

24 Março, 2020

Cristina Ferreira respondeu a quem a criticou por apelar à recomendação sobre ficar em isolamento social e ter, ela própria, o ter 'quebrado'.

Cristina Ferreira regressou esta segunda-feira, 23 de março, aos estúdios da SIC a partir de onde é transmitido o programa das manhãs que apresenta. Toda a equipa esteve uma semana de quarentena, depois de uma colega ter manifestado sintomas de estar infetada com o novo coronavírus. Na manhã de hoje, dia 24, respondeu a quem a criticou, nas redes sociais, por apelar à recomendação da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre ficar em isolamento social e ter, ela própria, o ter ‘quebrado’.

«Eu estou aqui, o Ben [Rúben Vieira] está aqui, mas não é porque nos apetece. Nenhum de nós que está aqui a trabalhar nos apetece. Como disse o nosso primeiro-ministro [António Costa], o País tem de continuar, a comunicação social deve continuar e nós fazemos parte dela», atirou Cristina.

Sem referir os comentários negativos que recebeu, não escondeu a mágoa por não ver compreendido o esforço de quem faz O Programa da Cristina. «Não agrida nas redes sociais. Não faça perguntas, não questione. Já estamos todos a sofrer por dentro o suficiente. Tente ser um bocadinho mais humano e colocar-se no lugar do outro», pediu. «Não tente criar raiva nos outros. Nós, agora, só precisamos de amor. E volto a dizer: Não estamos aqui porque nos apetece. Por nós, estávamos em casa, quietos e sossegados com os nossos», rematou.

Cristina contou ainda que o matutino da SIC está a ser emitido com «um terço» dos profissionais que o integram. Os restantes estão em isolamento social.

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«Não queremos 700 mortos por dia»

A mensagem dada pela estrela do canal de Paço de Arcos centrou-se na necessidade de não sair de casa, como pede a DGS, a não ser em casos de extrema necessidade, como a aquisição de bens de primeira necessidade. «Todos aqueles que podem, devem ficar em casa. Basta aqueles que têm de ir trabalhar para segurar o país», frisou, referindo-se a todos os profissionais de saúde que «estão a tentar salvar vidas».

«Volto a lembrar: os nossos números não são diferentes dos de Itália e nós não queremos 700 mortos por dia. [Quando passar a pandemia] Tem muito tempo para ir ao café», referiu Cristina Ferreira, voltando a dar o exemplo de Itália, país que atingiu na segunda-feira a marca de 6 mil mortos pela Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

«Se nós não cumprirmos com aquilo que nos é pedido, podemos chegar à situação de Itália. Nós estamos aqui só para isso: para o alertar. Estamos aqui para lhe dizer que quando a maior parte das pessoas lhe recomenda ficar em casa, é porque é importantíssimo ficar em casa. (…) Estar infetado não se vê na cara. Não se vê em lado nenhum. É invisível», referiu.

Até este dia 23, Itália é o país com mais vítimas mortais provocados pelo novo coronavírus, seguindo da China (3270) e Espanha (2182 mortes).

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais

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