Nacional

Doente e triste, Bárbara Guimarães está em silêncio sobre o telefonema do filho

18 Janeiro, 2019

bárbara guimarães

Bárbara Guimarães assistiu, ontem, ao telefonema do filho, em direto na TVI24 e à reportagem onde foram emitidas as imagens de violência entre ela e Manuel Maria Carrilho.

Bárbara Guimarães está em silêncio depois do telefonema do filho, em direto, na TVI. Segundo o site da Maria apurou, a apresentadora assistiu a tudo, mas prefere manter-se em silêncio sobre o assunto e sobre Manuel Maria Carrilho.

«Bárbara Guimarães nunca fez, nem fará comentários sobre este caso para proteger os filhos. É esse o objetivo dela. Esse telefonema só mostra a instrumentalização dos filhos», garante o assessor da apresentadora da SIC.

Uma fonte próxima da apresentadora admite que «Bárbara está triste, como é de esperar, mas ela é uma mulher de força».

Tudo aconteceu, esta quinta-feira, depois de emitida a reportagem sobre o estatuto de vítima para crianças no âmbito de processos de violência doméstica, em que foram emitidas imagens de violência durante a entrega, por parte de Manuel Maria Carrilho, dos filhos menores, Dinis e Carlota, a Bárbara Guimarães. Estas imagens constavam de um processo transitado em julgado. Uma batalha jurídica que será reaberta a 30 de janeiro.

Recorde-se que Dinis é menor de idade e por isso terá de ter autorização dos pais para poder falar publicamente sobre qualquer assunto. Fica a dúvida de Bárbara Guimarães terá dado autorização para que Dinis entrasse no debate, via telefone.

Concentrada nos tratamentos contra o cancro

«A Bárbara está doente (apresentadora luta contra o cancro da mama) e concentrada nisso. Está a fazer tratamentos, é um problema grave de saúde. A Bárbara está positiva, é uma força da natureza, apesar destes contratempos todos. Ela está preocupada com ela», conta-nos o assessor da apresentadora.

Quando questionado se Bárbara assistiu ao telefonema do filho e ao que Dinis disse sobre ela (Não vamos reproduzir por considerarmos conteúdo impróprio), o profissional é vago: «Acho que todos nós assistimos.»

Leia ainda: Ana Leal condena atitude de Manuel Maria Carrilho: «Teve uma atitude verdadeiramente criminosa»

Dinis está à guarda do pai

No espaço de debate da TVI 24 conduzido por Ana Leal, a jornalista estava a confrontar Manuel Maria Carrilho sobre a exposição dos filhos no processo de  violência doméstica quando, do nada, o ex-ministro da cultura passa a chamada ao filho.

Dinis esteve em direto durante alguns minutos, mesmo com Ana Leal a pedir para cortarem o telefonema. Pedido que foi atendido, mas depois de algum tempo.

Recorde-se que em janeiro do ano passado, Dinis ficou à guarda do pai.

Contactada pelo nosso site, a TVI, até ao momento, não tomou qualquer posição oficial sobre este tema.

Sindicato condena reportagem

O Sindicato dos jornalistas «condena os termos em que uma reportagem, apresentada como sendo sobre violência doméstica mas suportada exclusivamente num caso identificando intervenientes e vítimas, foi exibida ontem no Jornal das 8, da TVI»

Leia o texto na integra

Conselho Deontológico condena os termos em que uma reportagem, apresentada como sendo sobre violência doméstica mas suportada exclusivamente num caso identificando intervenientes e vítimas, foi exibida ontem no Jornal das 8, da TVI, e depois retomada no programa Ana Leal, da TVI 24, incluindo uma entrevista telefónica com um dos envolvidos no caso, que usou um filho menor de idade nessa conversa.

O Código Deontológico dos Jornalistas é claro no seu ponto 8: “O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, menores, sejam fontes, sejam testemunhas de factos noticiosos, sejam vítimas ou autores de atos que a lei qualifica como crime. O jornalista deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.”

A identificação das crianças na reportagem e no programa em causa, contribuindo para ampliar ainda mais e de forma gratuita a exposição das vítimas, não tem qualquer justificação deontológica e ética.

Tão-pouco o recurso à ocultação/dissimulação do rosto é suficiente para contornar tal efeito: desde logo porque, filhas de protagonistas sociais, são facilmente reconhecíveis; mas também porque jamais estas imagens deixarão de estar presentes no espaço público e ninguém tem o direito de impor às vítimas que se confrontem com elas no seu futuro.

Apesar de uma tímida reserva inicial, a jornalista acabou por interrogar e manteve ainda no ar uma conversa com um dos menores, em direto, sem que ninguém tivesse o cuidado de desligar imediatamente a chamada.

Os jornalistas devem ter em conta que, em circunstâncias muito específicas e devidamente ponderadas, lhes é lícito, e porventura aconselhável, ouvir crianças, salvaguardando sempre escrupulosamente a sua identidade. Mas só devem fazê-lo quando estão plenamente capazes de conduzir a entrevista em condições de absoluta salvaguarda do interesse superior da criança.

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Arquivo Impala

 

Siga a Revista Maria no Instagram

partilhar | 0 | 0