Internacional

Escândalo em torno da Victoria’s Secret. Modelos sofrem de «intimidação e assédio»

2 Fevereiro, 2020

Uma investigação bombástica acusa Les Wexner, proprietário da marca de lingerie, de ignorar o assédio sexual praticado nas modelos, entre outras más condutas dentro da empresa de renome.

A Victoria’s Secret volta a estar nas bocas do mundo pelas piores razões. Uma investigação bombástica acusa Les Wexner, proprietário da marca de lingerie, de ignorar o assédio sexual praticado nas modelos, entre outras más condutas dentro da empresa de renome.

O proprietário, de 82 anos, e Ed Razek, o seu braço direito na empresa-mãe L Brands, «presidiram a uma cultura de misoginia, intimidação e assédio», lê-se na reportagem do jornal The New York Times publicada este sábado, dia 1 de feveireiro.

Ed Razek «foi alvo de repetidas queixas sobre conduta inadequada». A investigação conta que «tentou beijar modelos, pediu que se sentassem ao colo dele e tocou-lhes nas virilhas antes do desfile da Victoria’s Secret em 2018».

Este foi o ano que assinalou a estreia da portuguesa Isilda Moreira no desfile anual da marca, no qual a também lusa Sara Sampaio participa desde 2013.

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Bella Hadid surge como uma das mulheres assediadas

O jornal norte-americano apresenta mais de 30 entrevistas com pessoas ligadas à marca: ex-executivos, funcionários e modelos, entre outros. A publicação afirma que Les Wexner sempre fechou os olhos às sucessivas queixas de assédio por parte dos anjos.

O nome de Bella Hadid é um dos nomeados na investigação. Apesar de a modelo não ter prestado declarações, fontes que presenciaram as provas da «angel» relataram atitudes assustadoras.

A irmã de Gigi Hadid estava a ser vestida para o desfile anual da Victoria’s Secret, em 2018, quando Ed disse: «Esquece as cuecas». Sentado num sofá, de olho na modelo, também terá questionado se a televisão permitiria que ela «desfilasse com aquelas mamas perfeitas».

Ed Razek nega veementemente as alegações, dizendo ao The New York Times: «As acusações neste relatório são categoricamente falsas, mal interpretadas ou tiradas de contexto».

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reuters

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