Gany Ferreira é um dos candidatos às Eleições Europeias. A revelação foi uma surpresa, mas Gany Ferreira sabe bem o que está a fazer. EM exclusivo ao site da Revista Maria, o ator explica porque decidiu entrar na vida política e garante que vai continuar a ser ator.
Por que decidiu enveredar pela vida política?
Isto surge a partir do momento em que sinto que realmente não só Portugal como a Europa necessitam de uma mudança de uma forma de ver o mundo mais unida e ao mesmo tempo uma liberdade individual maior. A aí surge a minha ligação ao partido e o convite de alguns amigos. Sempre me senti um liberal, alguém que pode fazer algo pelo país e como jovem acho que devemos todos participar desta mudança e também deste crescimento.
O que devia mudar em Portugal?
Desde que Portugal se uniu à Europa que ficou melhor e mais preocupado com os outros. Mas para lá destas mudanças, necessitamos de outras, um apoio individual diferente, menos impostos, os impostos que nos são cobrados são cada vez mais ridículos, não podemos suportar este modo de vida definido pelos nossos autarcas.
Sempre quis vida politica?
Para que possamos ver mudanças, a politica é muito importante. A politica é uma forma e uma ferramenta para atuarmos e alcançar objetivos.
Mas a vida política surgiu agora ou já havia alguma intenção anteriormente?
Não. Já conhecia o partido desde a sua formação, e achei que devia aceitar e que não seria errado juntar-me e lutar por estes ideais.
Quando surgiu este convite?
O convite surge no final do ano passado, não aceitei logo, visto que sou ator, tenho uma carreira pela frente. Penso que devo isto às pessoas que me seguem que me têm apoiado. Não aceitei logo, tive várias reuniões, encontros em que conversamos sobre esta possibilidade, até que decidi que seria uma boa oportunidade para fazer parte da mudança.
E onde fica a carreira de ator?
Continuo a ser ator, temos professores catedráticos e que estão ligados à política, que são deputados, penso que com organização e determinação tudo se pode fazer. Vou continuar a ser ator, não podemos desistir de algo que fazemos numa boa parte da nossa vida. Não vou abandonar para seguir só a carreira política. Esta minha ligação penso que não me retirará a patente pela qual tenho vindo a trabalhar há 16 anos
Tentar entrar na vida política poderá ter em conta a instabilidade que a vida de ator tem?
Comecei como ator aos 12 anos. Tenho 28. Não tem a ver com a instabilidade. O que existe é a pretensão de realmente alcançar alguns objetivos a nível social e que possa realmente vir a fazer a diferença.
A última novela em que entrou foi A Herdeira, TVI. Há mais algum projeto em calha?
Fiz um casting há pouco tempo, mas ainda não posso dizer nada sobre isso. Sinto um pouco o receio de não poder vir a ter outras oportunidades por me ligar a algum partido. Mas neste momento não é isso que está em questão.
Equacionou essa possibilidade?
Seria injusto dizer tal coisa, sempre acreditei que as oportunidades ou este trabalho que escolhi não é derivado apenas de interesses como estes. Claro que equacionei que pudesse haver algum conflito, mas não vejo essa possibilidade nem a revejo, estamos num país livre, já somos liberais há muito tempo.
Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Redes Sociais
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