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Exclusivo: Níria fala sobre a discriminação que sentiu: «Achei estúpido, achei desnecessário»

14 Agosto, 2018

Leia a entrevista com a primeira concorrente expulsa do Love On Top, o programa mais quente da TVI

Nasceu em Angola e veio para Portugal aos quatro anos. A mãe achou que estava na altura de mudarem de vida e o nosso País «abriu-lhes os braços». Aos 22 anos, por influência da irmã, inscreveu-se no Love On Top e acabou por estar apenas uma semana na mansão do amor. Estivemos com a Níria Santo, a primeira concorrente expulsa da sétima edição do reality show mais quente da TVI.

Como é que surge a ideia de ir para o Love On Top?

Surge da maneira mais inesperada possível. A culpa toda é da minha irmã mais nova, a Raissa. Nós estávamos na sala a ver televisão e ela pediu-me o telemóvel para jogar e acabou por ver a publicidade do Love On Top. Ela disse-me: ‘Se eu tivesse idade, eu até me inscrevia’. Ela tem dez anos. Perguntou-me: ‘Mas posso inscrever-te?’. E eu disse que sim. Ela começou a preencher a inscrição e eu acabei por preencher o resto. No dia seguinte recebi um telefonema do Love On Top para ir à entrevista.

Já era algo que se imaginava a fazer? Já acompanhava o programa?

Sim, já acompanhava. Gostava muito da interação com os colegas, também dos ‘dates’, do jogo de sedução, adorava tudo.

«Mandei um berro. Acordei com uma câmara mesmo na minha cara»

Como é olhar agora para o jogo depois de ter participado?

É bastante diferente. Foi além das minhas expectativas. Como telespectadora tinha uma visão e como concorrente tive uma visão completamente diferente. Lá dentro temos 24 horas uma câmara à nossa frente. Na primeira noite acordei assustadíssima, mandei um berro. Estava a dormir e acordei com uma câmara mesmo na minha cara. Depois a pessoa vai-se habituando.

Como é que os seus pais reagiram à entrada no Love On Top?

Primeiro os meus pais ficaram em choque, não acreditaram. Disseram para ter juízo, porque poderia passar uma coisa cá para fora que não é real ou que pode ser mal interpretada. Mas não houve ninguém da minha família que achasse mal eu entrar. Disseram sempre ‘se caíres estamos aqui para apanhar os cacos e se correr bem também estamos aqui para isso’. Agora que sai, disseram-me que gostaram bastante da minha prestação e que fui muito conselheira.

Teve um encontro com o Ricardo Agostinho que não correu muito bem. O que se passou?

Relativamente ao Ricardo… Na primeira gala eu achei que era um rapaz muito extrovertido. Ele estava sempre a rir. Depois não foi bem aquilo que eu pensava. No primeiro dia, eu e a Joana fizemos uma omeleta para ele, para que o Top Boy se focasse em nós. Mas senti que ele só agradeceu à Joana. Deixou-me de parte. Falei com ele sobre isso no cocktail que tivemos, e a justificação que ele me deu é que não está habituado a pessoas como eu. ‘Não gosto de pessoas como tu, por isso, é que estás mais afastada de mim’, disse-me.

«Senti um pouco de discriminação. Achei estúpido»

Sentiu algum tipo de discriminação? 

Senti um pouco de discriminação da parte dele. Não tenho problemas nenhuns em dizer isso. Ele não me conhecia e fez questão de dizer que não me queria conhecer. Achei estúpido, achei desnecessário. Ele foi a única pessoa com quem não funcionei bem.

E imaginava-se a ter uma relação amorosa com alguém?

Se ficasse mais tempo, acho que com o João a coisa estava a andar. A pouco e pouco estava a andar.

«Um rapaz disse-me: ‘És feia, preta’»

Como têm sido as reações cá fora? Já recebeu algum comentário negativo?

Já vi comentários chatos. Acho desnecessário. As pessoas não me conhecem. Conhecem o que viram em apenas uma semana. Às vezes criticam sem conhecer. Um rapaz no Facebook disse-me: ‘És feia, preta. Sai do programa, nem devias ter entrado’. Fiquei na boa, nem respondi. Quero lá saber.

«Vamos à casa de banho juntas. Tomamos banho juntas»

Ficou muito próxima da Ana Ferreira, como é que em apenas uma semana se faz uma amizade dessas?

Nem sempre temos muita coisa para fazer dentro da casa, então aproveitamos para nos conhecermos. Há horas e horas de conversa. Estamos sempre juntas, vamos à casa de banho juntas, tomamos banho juntas, estivemos sempre coladas! Acabámos por nos tornar amigas. Em dois dias já estávamos coladíssimas.

Vendo de fora, quem é que tem hipótese de ganhar o Love On Top?

Quem eu acho que pode ganhar é a Joana Afonso. Dos rapazes o João Moura. A Joana porque está a fazer um ótimo jogo. Ela é uma rapariga bastante dinâmica e não diz que não a nada. É uma boa atriz. O João pode ganhar porque está a desabrochar, ainda está a crescer e esse dá vontade de ver ainda mais.

Nota-se que se preocupa com o corpo e a beleza. Quais são os segredos?

Uso muitos cremes hidratantes para a pele, cara e corpo. Gosto de ir à manicure e à pedicure, gosto de fazer um dia completo a tratar de mim.

E a nível de dietas?

Simplesmente nasci assim. Adoro comer. Não tenho qualquer tipo de restrição, como o que vier. Adoro bitoques, estou triste ou estou feliz, é sempre bitoques.

«Estou a trabalhar… Ou estava»

Quem é a Níria?

Sou uma brincalhona, gosto de me divertir, sou leal e fiel. Gosto de dar conselhos aos meus amigos. Sou o tipo de pessoa gosta de estar ativa em todo o lado. Tento dar sempre tudo de mim.

E a nível profissional? O que é que faz?

Neste momento estou a trabalhar, ou estava, não sei, numa loja de bijuteria e acessórios. Mas faço e adoro fazer trabalhos como manequim. É uma coisa à qual me quero dedicar mais.

Quais são os seus objetivos futuros?

Estava a estudar Recursos Humanos, mas acabei por mudar e estou em Sociologia no ISCTE. Adoro a interação com as pessoas, gosto de conhecer e sou comunicativa.Gostava muito de trabalhar como modelo, mas sei que é algo a curto prazo. No futuro, gostava muito de trabalhar em recursos humanos. Era o meu sonho.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Tito Calado

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