O enredo da novela Flor sem Tempo, da SIC, passa-se na localidade fictícia de Vila Santa. É aqui, sobretudo na Rua dos Chapéus, que muitas das personagens se movimentam para dar vida à trama escrita por Inês Gomes.
E se no exterior este ambiente é recriado quando a equipa grava numa artéria de Vila Fresca de Azeitão, em Setúbal, nos estúdios o cenário demorou oito semanas a ficar concluído e, segundo a chefe de produção Ana Galamba, envolveu 30 pessoas.
A fonte de inspiração foram as festas populares. “O objetivo foi concretizar, de forma credível, uma rua cenográfica que permitisse gravar e contar a história, acentuando as diferentes dimensões das festas: estéticas, sociais, relacionais e dramatúrgicas”, conta Rui Francisco, arquiteto e cenógrafo, adiantando que o processo criativo tem início com um texto no qual são detalhadas as linhas dramatúrgicas e o recorte de personagens.
“A equipa de projeto cenográfico tem liberdade para explorar os guiões, realizar a pesquisa e procurar temáticas.” Para isso, segundo refere Maria Rui Francisco, é importante conhecer as características do espaço onde é passada a história. “Utilizam-se métodos para a representação, começando por um desenho livre, até chegar ao técnico. Podem ainda ser utilizados desenhos em perspetiva, digitais, e maquetes tridimensionais.” Por último, inicia-se a construção que, sendo difícil, “é mais motivadora”.
Bastidores de Flor sem Tempo: o interior dos espaços
Na rua, funcionam vários estabelecimentos: a pastelaria, a lavandaria ou a farmácia. Neste último espaço, como refere Dulce Machado, os produtos têm “nomes fictícios”, mas as embalagens são o mais reais possível.
Guarda-chuvas encomendados
Foram precisos mais de 100 guarda-chuvas para dar movimento ao espaço. “Tiveram de ser encomendados de propósito”, conta Dulce Machadoda coordenação de adereços da novela. “Era necessário que fossem todos do mesmo tecido, mas com a variedade de cores pretendida.”
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Divulgação SIC
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