Jane Fonda sem medo dos seus 84 anos: “Sou uma grande fã de vibradores”

Se existe algo que caracteriza a atriz norte-americana desde que começou a sua carreira, há mais de 60 anos, é a frontalidade. Vencedora de dois Óscares, nunca mede as palavras quando o assunto é feminismo, ecologia, relações entre pais e filhos e, claro, sexo. No seu último trabalho, Jane Fonda entra na personagem de Grace Hanson, em Grace and Frankie, que protagoniza ao lado de Lily Tomlin – 82 anos – e que, com sete temporadas, é a série original mais longa da história da Netflix. Nela, as duas mulheres descobrem que os respetivos maridos, colegas de trabalho há duas décadas, também são amantes.

Na história, as duas amigas criam uma empresa de brinquedos eróticos para mulheres mais velhas. E agora Fonda confessou que isso trouxe-lhe consequências curiosas. “Sou uma grande fã de vibradores”, disse, para depois revelar o que aconteceu quando as cenas foram transmitidas: “No Natal, todos me mandavam vibradores”, explica a artista. “É tão engraçado, deveriam ver a minha gaveta de cabeceira”, acrescenta. A promoção desta última temporada fez com que Fonda concedesse várias entrevistas com outras revelações curiosas.

Feliz por continuar a trabalhar

Por outro lado, se na série Jane Fonda parece passar a vida com um martíni com gelo na mão, na vida real a atriz é abstémia. Em entrevista à CBS News, revela que parou de beber. “Se eu tomasse um martíni esta noite, acordaria a meio da manhã do dia seguinte. Não era o caso quando era mais jovem, mas à medida que envelhecemos, o álcool afeta-nos de maneira diferente. Não me restam muitos anos. Não quero ficar com metade do gás o resto da vida”, realça.

A atriz sempre foi muito conscienciosa com a sua saúde, mas afirma que na idade dela, 84 anos, isso também significa aceitar todas as coisas que o corpo já não é capaz de fazer. “Estou consciente de que estou mais perto da morte. E a verdade é que isso não me incomoda mais”, refere. “O que me incomoda é que o meu corpo está como se já não fosse mais meu.” Porém, apesar de tudo, acrescenta: “É um facto quando se está vivo e saudável numa idade avançada… vejamos, tenho quase 85 anos. O facto de ainda trabalhar é incrível por isso, quem se importa que as minhas velhas articulações não sejam mais as mesmas? Ou que não possa mais esquiar, correr ou andar de bicicleta? Podemos ser muito velhos aos 60 e muito jovens aos 85. É uma questão de saúde”, salienta.