Nacional

Júlia Pinheiro interrompe espectáculo para salvar mulher desmaiada na plateia

8 Dezembro, 2019

Júlia Pinheiro teve um revés na sua curta carreira com atriz, durante o espectáculo Monólogos da Vagina.

Júlia Pinheiro, de 57 anos, viveu momentos de pânico num dos espetáculos Monólogos da Vagina. A peça de teatro que levou a apresentadora da SIC a estrear-se nos palcos terminou há uma semana, em Tomar, e deixou-lhe muitas memórias.

Este capítulo da sua vida, que considerou ser o seu «maior desafio do ano» foi encerrado e para assinalar a apresentadora escreveu um sentido texto publicado no blogue a que dá nome.

Leia ainda: Júlia Pinheiro e Rita Blanco lavam roupa suja em direto na SIC: «Nem me olhaste para a cara»

E foi aqui que Júlia Pinheiro relatou as «experiência únicas»por  que passou. «E também de imprevistos», assume, para depois, então, recordar: «Um deles aconteceu em pleno espetáculo. Na plateia, alguém grita repetidamente ‘112’. A minha primeira reação: ‘trata-se de um momento ‘Apanhados’ para a televisão. Alguém me quer pregar uma partida’. Até que uma clareira se abre no auditório e deixa entrever uma mulher desmaiada.»

Júlia continuou a contar o que se passou a seguir. «Depois de socorrida e levada pela equipa médica, havia que dar continuidade ao espetáculo», constata a apresentadora, agradecendo, de seguida, as palavras que recebeu naquele momento de uma das suas colegas.

«A Paula Neves, a minha mestra das tábuas, perguntou-me se estava preparada. E eu, atrevida, propus-me a recomeçar o texto exatamente no momento em que o tinha interrompido. Não imaginava o quanto difícil é esta tarefa. Mas, com a ajuda do público, voltei a ‘entrar’ no workshop da vagina.»

Ataque de tosse imparável

Mas o «ano de casas cheias pelo país fora» que agora encerra contou com «mais imprevistos», que Júlia continua a enumerar no texto a que deu nome «Monólogos. Até um dia»:

«O da cortina de veludo, por exemplo, que certo dia, absorveu a fumaça de palco usada para produzir o efeito de névoa. Diga-se que, nessa noite, quando a cortina subiu, os meus esforços para não tossir foram hercúleos. Foi nessa noite que a Paula partilhou comigo uma informação essencial do mundo do espetáculo: quando um ator precisa de beber água, simplesmente sai de palco e volta subtilmente a entrar. Desconhecia. Podia estar à beira do colapso que ficaria ali sentada, sem saber como proceder.»

Júlia conta ainda como reagiu ao saber que tinha um ginecologista na plateia. «Mais divertido foi o episódio do exame ginecológico, o momento do texto que me leva a interagir com o público. E lá diz um senhor na plateia: ‘veja lá o que me vai perguntar – aviso já que eu trabalho num consultório de ginecologia’. A minha resposta imediata: ‘veja lá que sempre temi que me acontecesse isto. Hoje é o dia’.»

Leia ainda: Júlia Pinheiro reage às críticas sobre o decote polémico que usou!

AVC da mãe

No mesmo texto de despedida, a apresentadora recorda ainda os maus momentos por que passou devido ao delicado estado de saúde da mãe. «Foi um ano difícil que coincidiu com uma situação muito difícil a nível pessoal, o AVC da minha mãe», escreve.

Ainda assim, o balanço é positivo. E os ensinamentos foram muitos, sublinha, agradecendo a cada uma das atrizes que com a apresentadora contracenaram. «Aprendi que no teatro oferecem-se presentes aos colegas. Impossível esquecer as bolachas artesanais da Paula Neves, a iluminura da Joana Pais de Brito, a flor da Vera Kolodzig, a música da Carla Andrino. E as voltas que eu dei à última hora, em busca de ofertas/pequenos mimos, quando soube que a estreia é antecedida por esta partilha tão bonita.»

A anfitriã do programa vespertino da SIC termina agradecendo ao encenador do espetáculo, Paulo Sousa Costa, pelo «encorajamento» que a levou «a enfrentar este desafio que, em certos momentos», lhe «pareceu intransponível», e «a cada um dos mais de 20 mil espetadores que assistiram aos Monólogos». «A eles, estou profundamente agradecida por me terem acompanhado e apoiado naquele que considero ter sido o meu maior desafio do ano 2019. E assim cai o pano. Com gratidão», remata.

Texto: Ana Lúcia Sousa e Dúlio Silva; Fotografias: Impala e reprodução redes sociais

Siga a Revista Maria no Instagram

partilhar | 0 | 0