Brevemente em Lua de Mel, após assumir a editora e enganar Ângela, Verónica ameaça-a e diz-lhe que, caso tente passar-lhe a perna, confessa a Lili que ela não é sua mãe e que não está doente. Entretanto, Lili está sentada à mesa e pouco depois desliga a chamada, Ângela aproxima-se dela. “Vou ligar à Verónica e dizer-lhe que vou ajudá-la”, revela. A filha fica apreensiva. “A Verónica não é parva… Vai ser complicado convencê-la de que queres mesmo ajudá-la”, avisa Lili. “O problema dela é que eu também não sou parva e vou conseguir fazer as coisas”, garante a vilã.
“Ela não merece ser ajudada”, continua a filha. “E quem diz que vou realmente ajudá-la? Sei exatamente o que tenho de fazer”, mostra-se confiante a tia de Sandra, que acrescenta: “Não posso apagar o meu passado e as coisas erradas que fiz, mas posso usar essa experiência em nome de uma boa causa.” Ângela mostra um sorriso confiante, que contrasta com a insegurança de Lili.
Mais tarde, na editora, Verónica fica surpreendida ao ver Ângela e provoca-a de imediato. “A pomba- -correio, rainha das anilhas, não está em prisão domiciliária? Isso não vai apitar?” Ângela mantém a calma. “Deram-me autorização para me deslocar aqui. Supostamente seria o meu local de trabalho…”, afirma. “Se calhar vamos ter de retificar isso com a guarda, não?, pergunta a rival de Nazaré.
Apostar em sangue novo
Ângela, irritada, responde. “Não. Se eu aceitar aquilo que me pediste não temos de retificar ‘porra’ nenhuma.” Verónica não entende a reação. “Ai que mau feitio, começamos mal”, refere a vilã. “Queres o quê? Que ceda à tua chantagem com um sorrisinho nos lábios? Que te agradeça? Estou aqui para te aconselhar, satisfeita?”, questiona a ex-presidiária. “Parece uma decisão bastante sensata. Agora não tentes enrolar-me nem boicotar-me, porque eu vou perceber”, alerta a tia de Duarte.
“Achas que sou assim tão estúpida? Ainda tenho esperança de que a Lua-de-Mel venha a ser da Lili. Não tenho interesse em desvalorizar o negócio. A editora precisa de uma modernização, de uma nova linha arrojada, que rompa com o passado”, sugere Ângela. Verónica ouve, interessada. “Temos de largar os artistas antigos e apostar em sangue novo”, prossegue Ângela.
À tarde, Mel e Sandra estão na copa e, estupefactas, olham Ângela , que sai do estúdio. Em cima da mesa de Verónica, está um monte de documentos. No cimo está a listagem dos artistas da Lua-de-Mel e dos valores dos respetivos contratos. “Vieste cumprimentar a tua amiga Verónica? Cada um tem os amigos que merece…”, provoca a sobrinha. “Vamos, Sandra”, pede-lhe Mel. Sozinha Ângela tira as folhas que lhe interessam e afasta-se, saindo com um sorriso nos lábios, como que a indicar que vai começar o seu plano de destruir Verónica.
Texto: Mário Rui Santos; Fotos: Divulgação Sic
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