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Luís Aleluia: “Escrevi à minha mãe a dizer que queria ser padre”

1 Dezembro, 2020

O ator, Luís Aleluia, estreou-se na quarta temporada da série da SIC e recorda uma fase da sua vida em que quis seguir o caminho do sacerdócio.

Luís Aleluia morreu na última sexta-feira (23). O ator de 63 anos foi encontrado sem vida numa garagem e a Maria aproveita este dia para recordar alguns dos momentos marcantes do eterno menino Tonecas ao longo dos últimos tempos.

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Regressou ao pequeno ecrã na pele do padre Bento, na quarta temporada de Golpe de Sorte, na SIC. Em conversa com a Maria, Luís Aleluia falou desta personagem e revelou ainda que, quando era jovem, pensou seguir o caminho do sacerdócio. “A diocese colocou-me em Alvorinha”, começou por dizer, bem-disposto. “O padre Bento é um homem que entra numa comunidade onde houve algumas mudanças. É um homem ponderado, a quem a comunidade recorre em momentos de maior agitação, um homem assertivo, ponderado, que conhece as virtudes e os pecados de cada um deles”, conta ainda.

O ator mostra-se orgulhoso de ter sido chamado a integrar o elenco de uma série de tanto sucesso. “É a continuidade de um grande momento de televisão”, afirma, sublinhando que “foi uma experiência muito rica” e que, sendo um dos novos atores, tinha uma responsabilidade acrescida: “Corresponder às expetativas, porque ia integrar um projeto que já era vencedor. E, quando se fazem novas aquisições, o que se quer é superar essas mesmas expetativas.”

“Ele passa por momentos de muito drama”

Para o ator, este padre Bento “foi um trabalho muito desafiante”, e Luís Aleluia revela que esta personagem também tem alguns segredos do passado: “Ele também passa por momentos de muito drama e sofrimento em termos pessoais. Muitas vezes, temos as nossas gavetas fechadas, uma bagagem mais pesada.” Esta é a primeira vez que Luís Aleluia interpreta o papel de um padre, o que, para si, tem um significado muito especial. “Fui sacristão e estive ligado à Casa do Gaiato, que foi feita pelo padre Américo, e sempre tive uma relação próxima com alguns padres. Ainda hoje tenho”, afirma, revelando até que, no início da juventude, ponderou seguir o sacerdócio.

“Os miúdos, normalmente, são sempre influenciados pelos educadores. A maior parte das crianças, a determinada altura, quer ser professor, porque as suas referências são os professores. A minha era o padre. E, por volta dos 14 anos, escrevi uma carta à minha mãe a dizer que queria ser padre”, recordou. “A minha mãe assustou-se! Um filho único a ser padre… Ela queria ter netos e começou a ver a vida a andar para trás, mas isso passou-me depressa”, acrescentou ainda, bem-disposto.

Texto: Patrícia Correia Branco
Fotos: Nuno Moreira e Divulgação SIC

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