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Miguel Oliveira revela como a filha da madrasta se tornou a mulher da sua vida. “Amor de verdade”

28 Novembro, 2020

Miguel Oliveira, piloto português, abriu o coração a Daniel Oliveira. Conta como percebeu que aquilo que sentia por Andreia era mais do que amizade.

Miguel Oliveira, campeão de Moto GP, é um orgulho nacional. Esteve este sábado, dia 28 de novembro, no Alta Definição, da SIC, e fez revelações sobre a relação com Andreia, a namorada de longa data e filha da madrasta, Cristina. O piloto lembra-se do dia em que a conheceu e revela que a jovem não lhe achou muita piada. “Olhou-me com desdém. Achava-me muito convencido. E eu era…”, brinca.

Miguel tinha apenas 11 anos quando se cruzaram. “Após a separação dos meus pais, o meu pai conheceu a Cristina (madrasta de Miguel) e desde aí, de vez em quando, encontrávamo-nos. Entretanto soube que a Cristina tinha uma filha e um filho e nós encontrámo-nos num dia em que estava a treinar. Nesse dia, recordo de ir para casa e dizer ao meu pai que tinha ficado triste por não ter conseguido o número da Andreia”, revela.

Tempo depois, foram viver todos juntos e o facto de estar a ter uma “nova família”, não impediu que o sentimento crescesse. “A nossa relação foi-se construindo, em primeira instância, como irmãos à força. Acabámos por ter de viver debaixo do mesmo teto e, ao longo dos anos, desenvolvemos uma amizade, que a certo ponto, se tornou inevitável esconder o que sentíamos um pelo outro”.

Miguel Oliveira: “A coisa de irmão jamais iria pegar”

E quando terá Miguel começado a perceber que o que sentia por Andreia era amor? “Quando vinha das corridas e tinha umas saudades enormes dela, as vezes em que passava mais tempo fora sentia-me incompleto. Ao longo do tempo, as saudades e o medo de a perder na minha vida para outro rapaz, fez-me entender que a coisa de irmão jamais iria pegar na nossa vida.

No momento em que eu e ela nos apercebemos disto, já levávamos vários anos a sermos apresentados como irmão e irmã. O passo aqui é gigantesco, porque de repente, dizer que afinal não é nada disso, causa confusão. O nosso medo era que as pessoas não aceitassem, mas foi totalmente o contrário. Ficaram incrivelmente felizes por nós”, garante.

E ao contrário do que ambos pensavam, não tinham “o sentimento nada escondido e muitas pessoas já desconfiavam”, ri-se Miguel, que, desde os 15 anos, entendeu que tanto ele como Andreia sabiam que “era um amor de verdade”.

O campeão tinha um “pavor enorme, talvez por ser uma figura um pouco mais exposta” de assumir que a relação com a “irmã”, era afinal amor entre um homem e uma mulher. “A partir do momento em que ela me deu essa força, fiquei muito mais tranquilo”, até porque os pais “já tinham percebido.” “Houve uma confissão que estavam muito contentes por nós, porque o nosso amor era evidente aos olhos deles”, recorda.

“Acredito que ter um filho traz uma energia diferente à nossa vida”

“Por detrás de o nosso grande amor existe uma cumplicidade enorme, e mais do que isso, uma grande amizade”, conta Miguel que pediu a namorada em casamento, em julho deste ano. “Foi uma das coisas que mais prazer me deu. Qual é o homem que não está nervoso? Só aquele que não tem mesmo a certeza de que ela é a mulher.”

“Quando temos a pessoa ideal ao nosso lado começamos a pensar. O homem tem essa responsabilidade de dar o passo e já vinha a crescer essa vontade. Preparei tudo de forma natural. Não quis escrever nada, simplesmente aquilo que me veio à cabeça, disse. Uma declaração de amor improvisada e fiz então o pedido de casamento”, relembra.

“Ela é um pilar essencial para o meu bem estar psicológico. Ter a Andreia na minha vida, para além da fonte de amor e da nossa relação, traz-me muita tranquilidade e muita força”, garante.

E ser pai está nos planos de Miguel Oliveira? “Acredito que ter um filho traz uma energia diferente à nossa vida. Ter essa fonte de luz na minha vida, acho que me vai dar muita força”.

“Tive de crescer um bocadinho à pressa”

A paixão pela motas surgiu por influência do pai, Paulo Oliveira. Desde pequenino que se habituou a ir a concentrações e a viver nesta realidade das duas rodas. Terá perdido algo da adolescência, devido à sua dedicação às motas? “Talvez aos 14/15 anos, quando percebi que estava a um passo de poder ser um piloto no mundial de velocidade, tive de tomar algumas decisões, começar a treinar, ter cuidado com a alimentação, ter um certo rigor quando voltava das viagens para poder estudar (…) com essas escolhas estava a ter experiências de vida que os meus colegas não se podiam gabar.

“Tive de crescer um bocadinho à pressa. Ter um respeito pelo próximo, pelo adversário. Ter aquele respeito mútuo que na pista a luta é uma, mas cá fora temos de ser suficientemente amigos e a respeitarmo-nos mutuamente”, continuou o jovem de 25 anos.

Para Miguel, as derrotas deram-lhe sempre “uma lição de humildade” e fizeram-no pensar que tinha de trabalhar mais e mais.

“Aceitei com tranquilidade a separação dos meus pais“

Como já foi referido, os pais de Miguel separaram-se era ele criança e o piloto garante que aceitou tudo “relativamente bem”. “Percebi que a relação deles não era uma relação saudável. Houve um dia em que o meu pai se sentou comigo e com a minha mãe e me explicou que não conseguiam mais viver juntos. Aceitei com muita tranquilidade. Não guardo qualquer rancor de as coisas terem acontecido como aconteceram, porque fui um pouco adulto a olhar para essa questão e quando chegou o momento, aceitei com naturalidade”, confessa.

Ao contrário do que muitos podem pensar, o jovem de Almada sempre lutou para conseguir o que queria. “Nunca tive nada fácil na minha vida, sempre tive também uma família, e sobretudo o meu pai, que tinha a capacidade de me fazer ver de onde é que as coisas chegavam e o que é que tinha de fazer, e o quanto tempo precisava de trabalhar para me dar certas coisas.

Sempre tive a noção de que aquilo que nós temos é fruto do nosso trabalho e como português, sendo um pouco pioneiro a chegar ao Moto GP, em traçar um caminho diferente, foi muito difícil. É preciso sermos humildes (…) para nos mantermos no topo temos de trabalhar mais do que quando lá chegámos.”

“Não seria quem sou hoje se não fosse pela minha família“

“As coisas custavam muito dinheiro e tivemos de apertar o cinto muitas vezes, desde dormir na carrinha, ou de ir devagar porque o gasóleo tinha de dar para ir e voltar… O meu pai nunca me pressionou de forma alguma. Senti a responsabilidade de o deixar feliz”, assume.

Também a mãe tem um papel determinante na vida de Miguel. “A minha mãe sofre muito, mas ao mesmo tempo é uma figura que me traz muita tranquilidade e ela costuma sempre, todos os domingos de manhã de corrida, mandar uma mensagem. É uma mulher que me tem uma força incrível, que me deixa sempre muito tranquilo e me dá muita confiança. É um nível de fonte de amor incondicional. Não importa o resultado, não importa o momento. É sempre uma pessoa que me transmite muito amor.”

“Tenho a perfeita noção que eu não seria quem sou hoje se não fosse pela minha família, tanto pela parte do meu pai que me ofereceu e investiu e me deu oportunidade de entrar neste desporto, mas também ter o guia familiar para me apoiar e me motivar em momentos menos bons”, finalizou.

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Texto: Andreia Costinha de Miranda; Fotos: Reprodução Instagram

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