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Ana Brito e Cunha sobre a maternidade: “Adorava ter outro filho, mas está difícil”

9 Maio, 2021

Após se ter afastado da ficção para se dedicar ao filho, Ana Brito e Cunha, de 45 anos, revela como tem sido um caminho sinuoso o desejo de aumentar a família.

Como anos depois de ter participado na novela Massa Fresca, da TVI, a atriz está de volta ao canal da estação de Queluz, para interpretar a personagem de Florinda, em Festa É Festa. Na verdade, Ana Brito e Cunha esteve afastada das novelas nos últimos anos para, por opção, se dedicar ao filho, Pedro, que completa quatro anos a 26 de maio.

“Pelo facto de ser mãe já tarde, queria estar muito presente na vida do meu filho e não fazia sentido não ser eu a viver tudo aquilo que vivi nestes primeiros quase quatro anos da vida do Pedro. E a partir do momento em ele foi para a escola voltei a mostrar-me ao Mundo.”

Uma opção da qual confessa nunca se ter arrependido. “Dou graças a Deus por ter tido essa sorte, pois também tive um marido que me ajudou, pois se calhar noutras alturas da minha vida isso teria sido impossível. Reconheço que é um privilégio muito grande, pois tenho muitas amigas mães que aos três meses de vida dos bebés têm de começar a trabalhar”, refere.

Assim, quando decidiu voltar, os convites não tardaram. Por isso, antes de trabalhar o papel de Florinda, fez uma participação de dez episódios em A Serra, na SIC.

“Acabei numa sexta e fui contratada para começar na segunda-feira a seguir”, conta, satisfeita por um projeto ter vindo a seguir ao outro. Em Festa É Festa dá vida a uma mulher da aldeia que a obrigou a um trabalho de preparação fora da sua zona de conforto: “Esta mulher adora cantar as músicas do padre Borga, é catequista, mas depois vive um confronto pessoal com o marido, o Bino (Pedro Alves). Ela, na rua, defende-o muito, mas, em casa, dá cabo dele”, disse Ana Brito e Cunha.

Ana Brito e Cunha: “O difícil era engravidar”

Porém, todo este entusiasmo por abraçar um desafio tão apaixonante acabou por contrastar um pouco com um sentimento de angústia que viveu nos primeiros dias, quando teve de se afastar do filho:

“Confesso que nos primeiras dias foi muito difícil. Fez-me sentir um pouco culpada, pois saía de casa às seis e meia da manhã e ele estava a dormir. Quando chegava às oito da noite, também já estava na cama. Agora, quando chego a casa só quer a mãe, e eu não me importo nada. Tenho de dedicar-lhe pelo menos duas horas por dia, para o bem dele e para o meu. Ser-se mãe é uma aprendizagem e eu sou uma mãe-galinha.”

“Adorava ter outro filho, mas está difícil, pois já perdi dois. A vida que decida o que tiver a ser decidido. Tive uma conversa com o meu médico quando abortei pela segunda vez e ele disse ‘venham cá depois mais tarde’. Fiz-lhe ver que se calhar era um pouco inconsciente, por já ter esta idade, mas ele explicou-me que tem muitas pacientes com 50 anos e que o difícil era engravidar, pois para o resto estava lá para ajudar”, afirma, para depois deixar um lamento: “Já consegui realmente engravidar, mas não foi a bom porto, o que acaba por mexer muito connosco.”

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Texto: Mário Rui Santos; Fotos:  Instagram e Divulgação TVI

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