Nacional

Candidata a Agricultor revela pormenores do aborto que sofreu: «Tinha suores frios e tonturas»

27 Outubro, 2019

Foi há 15 dias que a brasileira descobriu que o bebé que esperava de Emanuel estava morto já há duas semanas.

Apesar de ter encontrado o amor junto de Wênnia, que conheceu durante o programa Quem
Quer Namorar com o Agricultor, 2019 não está a ser fácil para Emanuel Costa, de 31 anos, que perdeu o pai em março, vítima de cancro, e agora vê-se a braços com a desilusão de perder o filho que esperava da brasileira.

Contactada pela Maria, Wênnia, de 29 anos, diz estar ainda a recuperar do aborto espontâneo que sofreu somente há 15 dias. A brasileira, que estava grávida de dez semanas, descobriu que o feto parou de se desenvolver na sétima semana.

«Fui à feira medieval de Canas de Senhorim (28 e 29 de setembro) e lá senti-me mal. Mas já antes eu tinha a suspeita de aborto. À oitava semana de gravidez, comecei a perder sangue. Fui às urgências, onde me disseram que estava com um descolamento da placenta e que tinha que ficar de repouso, porque estava com uma ameaça de aborto», começa por nos explicar Wênnia com a voz embargada.

«Passaram-se duas semanas e na feira medieval, comecei a perder mais sangue, tinha suores frios e tonturas. Os bombeiros levaram-me para o hospital e lá, quando me fizeram o exame, percebeu-se que o bebé já não tinha mais vida…», continua.

«Não era a vontade de Deus»

Mesmo não tendo sido uma gravidez planeada, Emanuel e Wênnia já tinham começado a pensar
no futuro: «Apesar de ser uma novidade, eu queria ter o bebé, já tinha começado a imaginar tudo. E o Emanuel também, ainda por cima já teve a perda do pai em março… Eu já passei por muita coisa na minha vida, por isso não costumo questionar as coisas. Acho que se não foi, é porque não era a vontade de Deus.»

Por agora, o casal espera ultrapassar este momento traumático e começar a preparar o casamento, até porque Wênnia já oficializou o seu divórcio no Brasil (a brasileira ainda estava casada desde julho de 2017, contudo já estava separada do marido quando conheceu Emanuel). Primeiro, acontecerá a cerimónia civil, que “será o mais breve possível”, e só depois a religiosa.

A adaptação da brasileira a Vilar Seco está a correr bem, e Wênnia mantém o seu trabalho em contabilidade, já que o faz através de casa, por ter clientes do Brasil. No entanto, a brasileira pretende arranjar outro trabalho em Viseu, para complementar o de contabilidade.

«Aqui, passo muito tempo sozinha, o Emanuel anda o dia todo no campo. Eu ocupo o meu tempo na horta e jardim, por isso quero arranjar qualquer coisa aqui para não passar tanto tempo sozinha», diz-nos, ressalvando, contudo estar muito feliz com esta nova vida ao lado de Emanuel. E parte dessa felicidade vem também do facto da família de Wênnia vir a Portugal para passar o Natal com ela em Vilar Seco.

Texto: Raquel Tavares; Fotos: SIC

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