Carolina de Brito Palma, a vencedora do programa os Traidores, da SIC, juntamente com o concorrente Júlio, foi uma das convidadas mais recentes de Júlia Pinheiro. A conversa centrou-se no reality show e também nos distúrbios alimentares que sofreu entre os 16 e os 23 anos.
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Carolina foi até ao final do programa apresentado por Daniela Ruah, e falou sobre as maiores dificuldades enquanto “traidora”: “O que mais me cativava neste jogo era não saber o que é que ia acontecer”. A jogadora falou sobre o episódio em que entrou num caixão, questionada por Júlia Pinheiro. “Estava à espera de ter medo, mas lá dentro só estava focada em conseguir completar a tarefa, e os restantes jogadores precisavam de mim, logo nem me lembrei do resto”. Quanto ao desafio, e enquanto traidora, Carolina garante que sentiu muita culpa por ter de mentir constantemente. “Criámos relações lá dentro e amizades que são verdadeiras. É complicado gerir tudo isso. Descobri que não gosto de mentir e sinto-me desconfortável com isso. A determinada altura assumi a derrota, por isso é que foi surpreendente ter ganho”. Apesar de ter saído vitoriosa, a concorrente garante que, inicialmente, “ganhar não era de todo uma motivação, só queríamos experimentar o jogo e absorver tudo”.
Carolina de Brito declara: “Na altura não reconhecia que tinha um problema”
Carolina sofreu distúrbios alimentares entre os 16 e os 23 anos. “Grande parte das raparigas da minha idade queria atingir o ideal corporal. Na altura, queria muito chegar àquele ideal e acabava por fazer coisas que, hoje, não me identifico. A minha cabeça não estava bem”, começou por contar. “Na altura não reconhecia que tinha um problema, não contava a ninguém. Era mais evoluída fisicamente do que as outras raparigas, então queria ser o mais magrinha possível para não chamar a atenção”, continuou a personal trainer.
“O desporto foi, sem dúvida, a minha salvação”
“Chegava a um ponto em que, para comer normalmente e manter o aspeto físico que eu queria, tinha de vomitar. Associava sempre o mais magra ao mais bonita, então tinha sempre de estar mais magra para estar mais bonita. Hoje em dia, para mim, é absurdo, mas na altura lidava com tudo sozinha”, explicou Carolina. Foi quando o desporto apareceu na vida de Carolina que tudo mudou. “Mais tarde comecei a informar-me mais sobre nutrição e desporto. O desporto foi, sem dúvida, a minha salvação. Era aquilo que me dava mais autoestima”, salientou. Carolina referiu ainda que superou tudo isto sem qualquer ajuda clínica.
Texto: Luís Duarte Sousa
Fotos: Redes Sociais
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