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Exclusivo: Sofia Jardim conta como contraiu Covid-19 e como é o dia a dia com as filhas em casa

26 Março, 2020

Sofia Jardim explicou que está em casa «desde o dia 11 de março» com as filhas Luz, de oito anos, e Leonor, de 10, fruto do casamento com Domingos Amaral, com quem manteve uma relação de 12 anos, e que tem cumprido tudo o que a SNS lhe transmitiu.

Sofia Jardim contraiu a Covid-19 durante uma viagem aos Alpes franceses, onde esteve em fevereiro, com amigos. A empresária está infetada mas acredita que tudo não passou de um susto. A sobrinha de Cinha Jardim mostra-se confiante e garante que o vírus não a abalou.

À Maria, Sofia Jardim explicou que está em casa «desde o dia 11 de março» com as filhas Luz, de oito anos, e Leonor, de 10, fruto do casamento com Domingos Amaral, com quem manteve uma relação de 12 anos, e que tem cumprido tudo o que a SNS lhe transmitiu. Sofia admite que não tem grandes sintomas e que terá descoberto depois de apresentar «uma pequena sinusite e falta de paladar e olfacto».

«Está tudo bem. Graças a Deus não tenho grandes sintomas. Tive uma pequena sinusite e falta de paladar e olfacto. Nessa altura percebi que deveria estar [infectada] porque os meus amigos também estavam com esse sintoma. Tinham febre, etc, mas também tinham falta de paladar. Percebi que era um sintoma comum e fui fazer o teste».

O teste foi feito no dia 13, uma sexta-feira, através de uma empresa privada  e pagou «cerca de 100 euros».  Desde então, permanece em isolamento com as filhas. Quanto às meninas, nenhuma delas apresenta qualquer sintoma.

«A Luz teve um bocadinho de dores de cabeça na primeira semana. De resto não. Aconselharam-me a ficar com elas porque elas já estavam comigo antes. Portanto, mais vale ficarem num ambiente onde já estavam do que, mesmo sem sintomas, irem para outro lugar contaminarem alguém» contou, explicando que não tem qualquer receio que as filhas estejam no mesmo espaço que ela.

«Não [tenho receio]. Eu calculo que a Luz já tenha tido [o vírus]. Acho que as duas já tiveram. Não tenho a certeza porque não lhes fiz o teste mas as duas tiveram um bocadinho de dores de cabeça e estiveram constipadas», realçou. «Pelo que percebi, do grupo dos meus amigos que apresentaram positivo, nenhuma criança teve sintomas. Só algumas dores de cabeça», continuou.

O medo, assegura-nos, surge quando se lembra que esteve com os pais antes de descobrir que estava infetada: «Tenho mais medo pela minha mãe do que pelas minhas filhas. Estive com ela durante os primeiros 15 dias que cheguei e que não tinha sintomas. Não me tinha percebido que tinha. Estive com a minha mãe, estive com o meu pai, estive com a minha sogra, pessoas com idades de risco, mas nenhum apresentou sintomas até agora e já passaram os 15 dias. No meu trabalho também não contaminei ninguém.»

Ex-companheiro vê as filhas pela janela

Domingos Amaral está atualmente proibido de estar com as filhas mas isso não o impede de as visitar. O ex-companheiro de Sofia Jardim faz-lhe as compras para casa assim como alguns amigos. E é nesse momento que as meninas vêem o pai, pela janela.

«O Domingos vem cá visitá-las todos os dias. Veem-se pela janela. Abrimos e falamos pela janela. Ele deixa as compras à porta e eu abro a janela e falamos por lá», contou, entre risos, explicando que mantêm uma distância de segurança. «As pessoas deixam à porta e eu faço os meus cuidados aqui dentro. Lavo, desinfecto», explicou.

«São os meus amigos [que me trazem as compras]. O Domingos também me traz as coisas mas são essencialmente os meus amigos porque eu não quero que a minha família venha aqui. A minha irmã também me tem ajudado porque não quero que a minha mãe e as minhas tias venham aqui. Quero que estejam seguras em casa porque são pessoas de risco», contou.

Quanto à reação dos familiares quando souberem que tinha contraído o vírus, Sofia recorda que «ficaram preocupados».

«Ficaram preocupados porque isto é tudo uma novidade mas depois como viram que eu não tinha sintomas e que estava tudo bem fomos esperando para ver se continua assim ou se havia alguma evolução. Não havendo nenhuma evolução e correndo tudo bem, ficaram descansados. Não me puderam visitar, mas pronto», lamentou. Ainda assim, explica que as novas tecnologias têm sido muito importantes nesta fase. Até porque, foi através do FaceTime que viu o novo membro da família, o bebé de Pimpinha Jardim que nasceu dia 17 deste mês: «Vejo todos os dias mas por FaceTime».

 Novo teste é feito este fim de semana

Sofia mostra-se positiva e confidenciou que no sábado, dia 27, irá fazer novo teste. Desta vez pelo Estado: «Sábado faço novo teste. A SNS tem-me acompanhado, tem telefonado todos os dias e tem feito um acompanhamento exemplar. A mim e a todas as pessoas com quem estive. Graças a Deus nenhum ficou contaminado. Agora é esperar para ver até porque já tenho paladar.»

Sofia faz largos elogios aos profissionais de saúde e conta que tem sido muito bem acompanhada: «Às vezes as pessoas não se lembram e acham que eles não estão a fazer nada, mas estão», frisou.

A esperança é a última a morrer e, por isso, Sofia espera que o novo teste seja «negativo». Até lá tem feito as atividades normais dentro de casa, inclusive exercício físico. Já na próxima semana, se tudo correr bem, irá trabalhar através do teletrabalho: «A minha baixa acaba na segunda-feira, dia 30. Os quinze dias acabam, portanto, eu vou fazer teletrabalho. Já estou a fazer mas na segunda vou fazer mais a sério e com horários».

«Eu não vou sair de casa, de certeza, e aconselho mesmo que as pessoas fiquem em casa. Por um lado já me sinto aliviada por ter apanhado [o vírus] e ter sido soft. Há muitas teorias. Há quem diga que quem apanha é mais difícil de voltar a apanhar porque tem mais defesas. Já se diz que a pessoa que já deu positivo e se voltar a fazer um segundo teste positivo que  já não contagia. Eu não contagiei ninguém. É um vírus querido. Não me atacou muito.», brincou. « Já sei como é. Agora não sei se vou voltar a apanhar. Claro que me vai dar mais jeito [não estar infetada] porque já vou estar independente para ir ao supermercado ou à farmácia. De fazer os mínimos», frisou.

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Texto: Márcia Alves; Fotos: DR

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