Rabo de Peixe é a série que anda na boca de todos os portugueses. Até porque o formato português, disponível na Netflix, conseguiu a proeza de entrar para o top 10 mundial do serviço de streaming. Ainda assim, há quem passe ao lado deste fenómeno. Este é o caso de Helena Isabel. A comentadora da TVI fez questão de o revelar e acabou atacada por Manuel Luís Goucha e Nuno Markl.
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“Nem cinco minutos [vi]. Achei um horror”, disse Helena Isabel a Flávio Furtado durante uma emissão do TVI Extra. “As pessoas vão todas em carneirada”, acrescentou quando questionada sobre o facto de ser a única pessoa que o apresentador conhece que não gosta de Rabo de Peixe. A jurista acrescentou ainda que não consome nada do que é português. Tanto a nível de ficção como de música.
“As pessoas vão todas em carneirada”
Estas palavras mereceram um desabafo de Nuno Markl nas redes sociais. “O que vale é que se trata de uma artista de primeira linha e dimensão global, com trabalho árduo e dedicado desenvolvido na área da música, televisão e cinema de prestígio a ostentar com orgulho o seu ódio por tudo o que músicos, actores, realizadores, argumentistas portugueses fazem. Ah não, espera…”, escreveu o humorista. Numa publicação que se tornou viral.
“O que vale é que se trata de uma artista de primeira linha e dimensão global”, ironiza Markl
Também Manuel Luís Goucha recorreu ao mundo virtual para atacar Helena Isabel, falando mesmo em vulgaridade. “A comentadora televisiva tem todo o direito de não gostar artisticamente falando de coisa alguma dita, falada, representada em português. Tal como eu tenho todo o direito, por exemplo, de detestar a vulgaridade. Até à próxima”, disse o apresentador num vídeo. Sendo que, neste caso, não ficou sem resposta de Helena Isabel.
“Tal como eu tenho todo o direito, por exemplo, de detestar a vulgaridade”
“Essa comentadora sou eu! Este vídeo chegou me até mim e aproveito para lhe responder! Do pouco que me conhece já deve ter percebido que sou uma mulher muito livre! Livre e desprendida de qualquer tipo de preconceito! Gosto que respeitem a minha singularidade, tal como é primordial para mim respeitar a singularidade dos demais”, começa por escrever nos comentários da publicação.
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“Indo ao que interessa. Consumo muito pouco produto português porque desde cedo comecei a consumir tudo o que o país vizinho tem! Não sei se por na altura viver a poucos km do mesmo e consumir tudo o que por lá se fazia, não sei se pela curiosidade que a proporia língua me despertava, ou se por me identificar pouco com o que era feito por cá! Curiosamente (ou não) vivi 18 anos no Alentejo e não gosto de canto Alentejano.. e explicar isto cientificamente?”, prossegue.
“Consumo muito pouco produto português porque desde cedo comecei a consumir tudo o que o país vizinho tem”
“Tenho toda a legitimidade de NÃO gostar de um produto português, chinês, cartaginês ou até libanês! Ressalvo que não quis de todo desvalorizar o trabalho de alguém. Dei apenas a minha opinião.. num país democrático onde ainda me o é permitido. Tenho orgulho em ser portuguesa, mas também tenho o direito de usufruir da liberdade que a vida me dá para culturalmente procurar aquilo que me desperte sentidos. O ser portuguesa não me pode colocar duas palas. Um beijinho para si, para o Rui e para os seu cães adoráveis”, termina.
Texto: Bruno Seruca
Fotos: Reprodução Instagram
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