Nacional

Jorge Jesus enganou-se quando disse que perdeu um amigo em Portugal devido ao coronavírus

15 Março, 2020

Numa entrevista após o jogo Flamengo-Portuguesa, o técnico Jorge Jesus, garantiu ter perdido um amigo, infetado com Covid-19.

Jorge Jesus garantiu ter perdido um amigo, infetado com Covid-19, na flash interview após a vitória do Flamengo, por 2-1, frente à Portuguesa.

O treinador disse que um amigo, infetado por coronavírus, tinha morrido, algo que as autoridades de saúde portuguesas garantem não ter acontecido.

O técnico pediu ainda a suspensão das competições de futebol no Brasil. «Eu sou português. Sei muito bem o que está se está a passar em Portugal. Já perdi alguns amigos». Questionado pela jornalista sobre o número concreto de amigos, corrigiu a declaração: «Perdi um. Em Portugal. Isso não é uma brincadeira. Eu não tinha a sensibilidade do que era isso».

O Flamengo jogou à porta fechada, devido às restrições que também estão a ser implementadas no Brasil para conter o contágio por Covid-19. No entanto, o técnico deixou clara a sua posição. «Isso do coronavírus, testa a equipa, tem a preocupação com o que que a gente pode ter. As nossas famílias… Tudo isso está a ser um problema muito grande dentro da estrutura do Flamengo. A gente teve contacto com uma pessoa. Não sabemos o que pode acontecer. E, portanto, espero que este tenha sido o último jogo nesta situação, que é muito complicada para todos nós», desabafou.

Recorde-se que Maurício Gomes de Mattos, um dos dirigentes do Flamengo, está infetado com Covid-19.

Jorge Jesus foi ‘induzido em erro’ e não perdeu qualquer amigo devido ao coronavírus, esclareceu Luís Miguel Henriques, advogado do treinador do Flamengo. Citado pelo Observador, Luís Miguel Henriques afirma que o técnico recebeu a notícia de que um antigo colega no Estrela da Amadora – Mário Veríssimo, ex-massagista do clube – está infetado com o COVID-19 e interpretou como se o mesmo tivesse morrido. Algo que não corresponde à verdade, pois Veríssimo estará, sim, «com a vida em perigo».

Texto: Cynthia Valente e Marta Amorim

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