Em 2012, quando surgiu pela primeira vez na televisão, Cátia Marisa era uma jovem de 25 anos que levava para dentro da Casa dos Segredos um segredo relacionado com o seu passado: tinha sido mãe com apenas 15 anos.
A rapariga de São Mamede de Infesta mostrava ser uma lutadora, embora a sua estadia na casa não tivesse sido assim tão longa. E apesar de não ter marcado um ponto de viragem histórico no programa, Cátia saiu da casa mais vigiada do País e depressa se apaixonou. Foi em Lisboa que encontrou o seu príncipe encantado, embora o casamento tenha terminado rapidamente.
Ainda assim, fruto desse antigo amor, nasceu Matilde, talvez a única razão que ainda a prende a Lisboa.
«Mudei-me por amor para Lisboa e, sinceramente, é por isso que ainda me mantenho cá. Tenho toda a minha família no Norte, mas iria custar-me muito deixar a minha filha aqui», começa por dizer.
«Claro que tenho planos para voltar ao Norte um dia, mas isso tem de ser algo muito bem conversado com o pai dela. Temos a guarda partilhada e foi a forma que arranjámos para ela ter mais estabilidade, para permanecer na escola com os amiguinhos. Ainda assim, se tomar a decisão de regressar às minhas origens, tenho de fazê-lo consciente de que a felicidade da minha filha é a prioridade», assume a rapariga.
E foi há dias que encontrámos Cátia com a filha na Praia da Torre. As duas passaram uma tarde divertida, entre brincadeiras, e é notável a sua relação de cumplicidade. «Ela tem muito de mim na personalidade dela, embora também tenha do pai. A minha prioridade na realidade é ela. Sei que aconteça o que acontecer ela estará sempre em boas mãos. Aliás, se no início eu tinha ciúmes do tempo que ela pudesse vir a passar com a nova companheira do pai, tudo isso se dissipou. O importante é ela estar bem, ser bem cuidada, bem tratada e sei que a namorada do pai cuida muito bem dela. Se ela está feliz, eu também estou. Graças a Deus a Matilde é uma miúda super equilibrada, sossegada e muito desenrascada», diz-nos.
Filho já tem 16 anos
Para além de Matilde, Cátia tem um filho que é quase um homem. Tinha dez anos quando a mãe decidiu mudar-se para Lisboa e, também, nessa altura a rapariga teve de fazer uma difícil escolha. «Sinto, sinceramente que sair de Lisboa e deixar cá a Matilde seria mais difícil do que foi deixar o Leandro no Norte. Na altura perguntei- lhe se queria vir comigo e ele é que disse que não. Tinha os amigos na escola, tinha dez anos e fez a escolha dele. No caso da Matilde é muito diferente», refere.
E apesar de ter perdido praticamente seis anos da vida do filho (o jovem tem agora 16), Cátia garante
que tem sido uma mãe presente. «O Leandro vê-me sempre como mãe dele. Nós falamos muito. As novas tecnologias não deixam que nos afastemos. Se gostava de ter partilhado algumas coisas com ele? Claro que sim, mas temos uma ótima relação. Entretanto, ele só não se mudou para Lisboa comigo porque não gosta mesmo da cidade», assume.
«Ainda não encontrei a tal pessoa»
Dedicada ao trabalho e aos filhos, Cátia Marisa está solteira. A rapariga não sabe o porquê de manter-
se assim, mas desconfia que a culpa é sua. «Eu acho que dou demais de mim. Quando estou
apaixonada, estou mesmo apaixonada. E nesse momento fico cega e dou tudo de mim, acho que dou tanto que depois falta qualquer coisa. Penso que os homens não aceitam muito bem mulheres muito apaixonadas», diz.
«Mas também habituei-me a ser tão independente que não preciso de um amor para ser feliz. Claro que acredito no amor, só ainda não encontrei a tal pessoa. A pessoa há de chegar. Tenho a certeza. Eu também hei de ter o meu final feliz», confessa.
Texto: Catarina Martins; Fotos: Paula Alveno
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