Nacional

Manuel Luís Goucha pode não renovar contrato com TVI: “Há uma outra vida para além da televisão”

12 Maio, 2023

Manuel Luís Goucha deixou revelar que "pensa seriamente daqui a um ano não renovar o contrato". O apresentador confessa "não querer fazer mais programas diários".

Foram revelações inesperadas que Manuel Luís Goucha fez durante o novo podcast da cantora Carolina Deslandes, sendo que foi o primeiro convidado da artista. E as declarações foram bombásticas.

Um dos apresentadores mais reconhecidos e apreciados de Portugal falou sobre o seu futuro na televisão, que sofrerá drásticas mudanças.

Penso seriamente daqui a um ano não renovar o meu contrato, porque o meu contrato termina daqui a ano e meio, um ano e 10 meses, a 31 de dezembro de 2024, e eu, sinceramente, não quero fazer mais programas diários. Acho que há uma outra vida para além da televisão, que eu só descubro aos fins de semana quando estou no monte [no Alentejo] ou quando viajo”, começa por contar o apresentador do programa diário, Goucha, na TVI.

“O meu dilema neste momento é: será que eu estou capaz de deixar a televisão a tempo inteiro? Posso fazer semanal, posso produzir. Posso ser autor de um programa de televisão semanal que me apeteça fazer”, desabafa.

Contudo, Manuel Luís Goucha tem certeza de uma coisa, mudanças vão acontecer. O contrato do apresentador que termina apenas dentro de “um ano e meio” era para ter terminado a 31 de dezembro de 2022. “Estava na disposição de não fazer mais, mas pediram-me e eu disse ‘está bem'”, contou.

 

“Tudo isto fez com que fosse ao fundo do poço. Pensei no pior, entrei num estado depressivo”, conta Manuel Luís Goucha

Ainda na mesma entrevista, Manuel Luís Goucha falou sobre alguns temas pessoais, nomeadamente uma relação anterior. Relação essa, de 11 anos, que após o seu término deixou o apresentador com uma depressão.

Na altura em que saí de uma relação, que teve qualquer coisa de toxicidade. A relação foi maravilhosa porque a pessoa com quem vivi fez-me redescobrir o prazer da pesquisa. Porque vivi com alguém que tinha possibilidades de me fornecer todo o tipo de informações, dossiers sobre convidados que eu ia ter n’A Praça da Alegria'”, começa por recordar.

“Quando se escuta um companheiro de vida a dizer ‘tu és uma merda, só és bom porque eu estou aqui’ acabas por interiorizar. É a violência verbal que entronca na violência psicológica. Acabo uma relação de 11 anos e o que é que me sinto? Uma merda. Como é que agora vou avançar?”, conta.

“Ao mesmo tempo estás a fazer um programa de televisão chamado ‘Momentos de Glória’, na TVI, que é um grande programa, um grande projeto, entrevisto vedetas internacionais do cinema. Mas não tive a humildade de dizer ‘não vou ser capaz, não tenho estrutura intelectual, nem a dimensão cultural para poder entrevistar estas pessoas’. Disse que sim, o programa não era visto em todo o país, fui arrasado nas críticas”, lembra, continuando: Tudo isto fez com que fosse ao fundo do poço. Pensei no pior, entrei num estado depressivo“.

O apresentador da TVI acabou por recorrer à psicanálise afirmando mesmo que essa foi a sua salvação.

 

Texto: Ana Rocio, Fotos: D.R.

 

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