Em Gondomar, Maria Lina e Ana Catarina estão a dar-se às mil maravilhas. À mesa, a sénior de 80 anos recorda o período em que perdeu o marido. «O meu marido esteve doente durante 3 anos. Fazia quimioterapia… e pronto. Era cancro». Viúva «há um ano e um mês», Maria Lina confessa que não superou a dor. «Ainda estou um bocado triste».
Ana Catarina pergunta se o marido tinha estado em casa durante a doença e Maria Lina explica que esteve «internado várias vezes». «Queriam passá-lo para a Póvoa de Varzim, para os cuidados paliativos e eu disse ‘não, eu tenho casa suficiente, o meu marido vai morrer la em casa», recorda.
Maria Lina diz que cuidou sempre dele mas que nunca imaginou que ele morresse «antes do Natal». «Ele deixou de comer…era o fim só que eu nunca me convenci que era». A idosa conta ainda que nunca deixou o marido ir para «lado nenhum» e que até alterou a disposição do quarto para poder acudi-lo durante a noite. «Eu adorava conseguir dizer-lhe algo mas acho que não existem palavras para uma dor que é muito da pessoa», confessa Ana Catarina.
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Texto: Raquel Costa; Fotos: DR e SIC
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