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Pompeu José. Avô de Maria Rita de Bem Me Quer recorda morte da mulher: “Dói muito”

5 Novembro, 2020

Pompeu José, o Honório de Bem Me Quer, abriu o livro da sua vida onde recordou a difícil perda da mulher há 14 anos. Na altura, o filho tinha seis anos.

A dar cartas na novela Bem Me Quer, na TVI, no qual interpreta o pastor Honório, avô de Maria Rita (Kelly Bailey), Pompeu José marcou presença no programa Você na TV!, Para além do seu percurso profissional, foi também abordado, durante a conversa, um capítulo difícil da sua vida: a morte da mulher, em 2006.

Questionado sobre o desaparecimento da mulher por Manuel Luís Goucha, o ator, de 63 anos, abriu o jogo. “É a vida. Dói muito, mas é como tudo. Temos de ter a capacidade de retomar. É uma perda muito grande e sentimos sempre que é uma perda enorme nas nossas vidas”, admitiu Pompeu José que conheceu a companheira na cidade de Tondela, em 1987. O casal tem um filho em comum, Afonso, atualmente com 21 anos.

“Não tenho medo da morte”, diz Pompeu José

Apesar do difícil momento que atravessou, o intérprete encara a morte como um “ciclo” natural da vida. “Não tenho medo da morte no sentido em que sei que há um ciclo. Só se justifica cá andarmos porque caminhamos em direção a um fim”. Pompeu José encontrou num “ritual diário”, um subterfúgio para seguir com a sua vida avante. “Todos os dias vou ao espelho antes de ir para a cama e tenho de tenho de rir de qualquer coisa, e quando me levanto a primeira coisa que tenho de fazer é rir. Vou-me encontrando comigo próprio e temos de estar bem connosco”, confidenciou o ator que realçou ainda a importância de encontrar “uma grande tranquilidade” na vida “mesmo perante um caso difícil” como o seu.

O apoio dos habitantes de Tondela

Durante a entrevista, Pompeu José destacou o apoio incondicional que recebeu dos habitantes de Tondela. “Também aí a comunidade foi a grande ajuda que tive. A aceitação que tive em Tondela, um meio pequeno…”. E citou um exemplo: “Houve pais de um colega do Afonso, quando ele era pequeno, que o levaram de férias para o Algarve porque na altura eu não tinha a possibilidade de o fazer. Que me ajudavam se precisasse de alguma coisa, que me acompanhavam e é bonito agora que essa comunidade me veja vir a Lisboa e vive comigo esta alegria, de ser reconhecido, de vir trabalhar a um sítio grande… É partilhar com eles também. A minha profissão é a minha vida”, contou.

O filho Afonso: um companheiro de vida

É embevecido que Pompeu José fala do filho Afonso. O jovem decidiu seguir as pisadas do pai ao querer enveredar pelo mundo da representação. “É um amigo. Ele tem 21 anos, ainda conversamos de mão dada, ainda damos um abraço antes de ele se ir deitar. Aquele corte que normalmente naquela idade um adolescente faz com o pai, principalmente, nós mantivemos uma relação de amizade e de partilha até hoje”, exprimiu.

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Texto: Alexandre Oliveira Vaz Fotos: Reprodução Redes Sociais

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