Depois da reportagem A Rede, emitida na SIC, Rita Pereira e Miguel Sousa Tavares estiveram no Jornal das 8, TVI, para comentar as vantagens e perigos das redes sociais. Em posições opostas, o clima acabou por ficar tenso. Enquanto Rita defendia a utilização das redes sociais, Miguel Sousa Tavares assumiu o papel contrário, defendendo o direito à privacidade. O confronto aconteceu mais do que uma vez, com o comentador a defender que quem está nas redes, está por voyeurismo e exibicionismo.
«É importante estar nas redes sociais para nos darmos a conhecer enquanto seres humanos e não personagens. As pessoas só me vêm como personagem. É importante que o público saiba quem eu sou. É quase uma forma de gratidão eu também lhes dar um bocadinho da minha vida pessoal», afirma Rita.
Miguel Sousa Tavares intervém. «Estava a ouvir a Rita dizer: ‘estou no Facebook para me dar a conhecer’. Como se precisasse, por amor de Deus», afirma o jornalista, alertando para os perigos: «As redes sociais são a maior ameaça à imprensa livre. Desviam as pessoas da imprensa, publicam notícias falsas e, pessoas como a Rita, atraem publicidade dirigida, através dos produtos, e a publicidade dirigida é a aposta das marcas. A publicidade está a sair dos órgãos de comunicação social e a levá-las à falência».
«Por que é que expor o lado privado é impensável?», questiona Pedro Pinto.
«Quando comecei a trabalhar em televisão, entendi que a parte principal que eu tinha de defender é a da privacidade. Isso é o que eu defendo ferozmente. Ao contrário da Rita, eu pago o que for preciso para que ninguém saiba quem eu sou, fora daqui», assegura Miguel Sousa Tavares.
Rita responde de imediato. «A minha vida vai muito para além do que mostro nas redes sociais. Eu não mostro tudo. Ninguém nunca viu a cara do meu pai, da minha mãe ou da minha irmã.»
O bate-boca continua e o comentador questiona: «Uma pessoa vai de férias, porque é que tem de publicar que foi para a Jamaica ou almoçar à Costa da Caparica?». Rita responde: «Temos o direito de publicar o que queremos».
«Isso chama-se exibicionismo e voyeurismo, desculpe dizer isto», atira Miguel Esteves Cardoso. No fim da conversa, o comentador e a atriz mantiveram a mesma posição quanto às redes sociais, com Miguel Sousa Tavares a defender a importância de ler notícias em papel.
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Texto: Redação WIN – Conteúdos digitais/ Fotos: Impala e Redes Sociais
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