Nacional

Salvador Sobral cai do palco após receber transplante

13 Março, 2019

Uma das fases mais marcantes está relacionada com a sua participação na Eurovisão, altura que lutava contra uma insuficiência cardíaca. Agora, recuperado, o artista recorda como foi a recuperação após o transplante.

Salvador Sobral recordou a doença que sofreu durante  uma entrevista concedida ao programa sueco, Skavlan. Uma das fases mais marcantes está relacionada com a sua participação na Eurovisão, altura que lutava contra uma insuficiência cardíaca.

Salvador chegou e venceu no entanto garante que deve quase tudo à irmã». «Ela escreveu a música e substituiu-me nos ensaios durante uma semana», conta. Já sobre o seu primeiro pensamento ao saber que venceu a Eurovisão admite que fixou frustrado por ter de subir, uma vez mais, um monte de escadas.

 «Estava longe do palco e tinha de subir várias escadas para lá chegar. Naquela altura estava muito doente e era muito difícil subir escadas. Estava super nervoso e cansado. Só pensei: «Não. Ganhei e vou ter de subir aquelas escadas todas», revela, deixando a plateia a rir.

Salvador confessa ainda que na altura tinha mais 25 quilos em retenção de líquidos. «Tinha uma barriga de cerveja de um homem velho. Usei uma t-shirt preta, muito larga, para não se notar. Mas agora, jogo futebol 2 horas por semana e corro. Posso fazer tudo», afirma.  «A Eurovisão foi a minha prostituição», admite.

Questionado sobre o motivo pelo qual chamou a música da Eurovisão de «fast food», o irmão de Luísa Sobral respondeu: «Hoje em dia, considero que fui demasiado fundamentalista e extremista. Na minha opinião, a Eurovisão não é sobre a música mas sim o espetáculo. É um espetáculo para as pessoas aproveitarem toda a nova tecnologia», esclarece.

 

«Não escrevi. Estava deprimido»

A espera pelo transplante de coração foi das fases mais difíceis da vida de Salvador Sobral mas nada teve de poético. «Seria romântico dizer que escrevi músicas no período mais difícil da minha vida. Na realidade, só vi Netflix. Estava muito deprimido. Depois [do transplante] escrevi algumas músicas que vão estar no meu próximo álbum. A primeira música é sobre a experiência e é uma espécie de catarse. Está separada do resto das músicas»

Sobre como foi o regresso aos palcos depois de receber o transplante, o músico conta: «A primeira vez foi num bar onde toco frequentemente em Portugal. Não tinha força nas pernas porque tinha estado deitado durante muito tempo, não tinha músculos. Lembro-me de tentar cantar e a minha voz tremia imenso. Não tinha força. Fiquei tão frustrado que dei um salto e caí no palco. Pouco a pouco, fui ficando melhor».

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Texto: Redação WIN – Conteúdos digitais com Márcia Alves/ Fotos: Redes Sociais 

 

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