Arrancou esta terça-feira, 12 de abril, o processo cível contra a universidade Lusófona e João Miguel Gouveia, o único sobrevivente da tragédia do Meco. Na praxe que decorreu numa praia do distrito de Setúbal a 15 de dezembro de 2013, seis estudantes perderam a vida, exceto o “dux” daquela faculdade que foi ouvido esta manhã em tribunal.
Na primeira audiência de julgamento João Miguel Gouveia, de 30 anos, contou pela primeira vez o que aconteceu aos colegas naquela noite fatídica. O dux revelou que na noite que chegaram à casa que alugaram em Aiana de Cima, no Meco, todos ingeriram álcool. Mais: a ideia de irem passear terá sido de Tiago e Catarina.
“Levámos com uma onda lateral, basicamente. E, do que me recordo, fui empurrado para a zona de rebentação. Lembro-me de não ter pé, de levarmos com mais ondas, em jeito de máquina de lavar. Quando fui levado, a primeira vez que me recordo de vir ao de cima, recordo-me de ver alguns deles. Depois, das outras vezes, não”, disse João Miguel Gouveia, citado pelos meios de comunicação presentes.
Sem saber como conseguiu sair do mar, João Gouveia adiantou ao juiz: “Não sei se há uma resposta para isso. Não sei se me desenvencilhei. Sei que consegui livrar-me da capa que tinha ao pescoço”, afirmou. “Tentei puxar a mão da Carina e fiquei mais dentro do mar”, adiantou, referindo também que não tinham pedras amarradas aos tornozelos durante a praxe, como chegou a ser avançado.
As famílias das vítimas pedem indemnizações no valor total de 1,3 milhões de euros.
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Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: DR
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