Miguel Leitão, repórter da TVI, apanhou um dos maior sustos da sua vida. O profissional da estação de Queluz de Baixo recebeu um telefonema a informar que o pai tinha ido de urgência para o hospital.
Miguel Leitão partilhou um emotivo texto nas redes sociais do que passou e de como não o pode acompanhar.
«Porque estes dias não se escolhem. Não podia ser na pior altura em que o telefone toca e dizem: “o teu pai foi de ambulância para o hospital”. O teu coração acelera e o teu corpo automaticamente fica em estado de alerta. Pegas nas coisas e sais de casa, sem saber o que pode ter acontecido», começa por dizer.
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Com as medidas de restrição impostas pela Direção-Geral de Saúde para controlar o novo coronavírus, Miguel não conseguiu acompanhar o progenitor ao Hospital de Santo André, em Leiria, tendo de ficar oito horas no carro, à espera para obter informações sobre o estado de saúde do familiar. «Aqui estou eu quase 8 horas depois dentro do carro à porta do hospital. Não podemos acompanhar os nossos para o bem de todos. Agora resta esperar. Dentro do carro e sem aquele cafézinho aberto».
Entretanto, as boas notícias chegaram: «já recebi uma mensagem: “está tudo bem.”. É o corpo por vezes a gritar e a dizer que temos que abrandar. Desta vez ainda não foi a Covid-19», pode ler-se.
«Só queremos estar ao pé dos nossos e não podemos»
À TV 7 Dias, Miguel Leitão revela que regressou a casa no sábado e que, ao que tudo indica, o pai sofreu de um princípio de enfarte. «Tivemos todos os cuidados necessários nesta fase caótica, mas aparente vai tudo ficar bem. Os médicos e enfermeiros são extraordinários», afirma. O repórter do programa Portugal Aqui Vou Eu conta que estava a trabalhar quando tudo se sucedeu: «estava a trabalhar para o programa quando recebi a chamada. Nem quis acreditar! Nesta fase em que só pensamos que o último lugar onde devemos estar é no hospital. Sabendo que ele tem imensos problemas de saúde, só queremos estar ao pé dos nossos e não podemos».
«Sentimo-nos impotentes e ficamos conscientes que temos a sorte de ter equipas de Bombeiros Voluntários incríveis, que nos ligam a tranquilizar depois de dizerem: “tem de ficar e não pode acompanhar, por questões de segurança”. E uma equipa de enfermeiros e médicos que, com a sua calma, nos dizem que o nosso pai já está sorrir e que vai ficar tudo bem. Vivemos outros tempos e, mais do que nunca e apesar de isolados, nunca precisámos tanto uns dos outros», remata.
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Texto: Inês Borges com Ana Lúcia Sousa/ Fotos: DR
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