Paulo Rocha termina Amor Amor em março e regressa ao Brasil

Após uma longa temporada no Brasil – dez anos –, Paulo Rocha está de regresso à ficção nacional para dar vida a Bruno na nova novela da Sic, Amor Amor, um emigrante no Luxemburgo, que está casado com Linda (Joana Santos). “O Bruno é pai de dois filhos e é capaz de qualquer coisa pela família, mas vai sofrer uma série de desgostos ao longo da vida”, começa por referir.

Questionado sobre a razão de, ao longo destes últimos dez anos, nunca ter participado em nenhuma produção nacional, Paulo Rocha explica o porquê: “Felizmente, quase todos os anos tenho recebido convites, mas nunca foi possível, até
agora. A novela que ia fazer no Brasil parou, por causa da pandemia, e como em Portugal o trabalho na nossa área recomeçou mais cedo, conseguimos encontrar esta brecha para fazer uma coisa que já tínhamos vontade há algum tempo, e assim aqui estou com muito gosto.”

Paulo Rocha teve covid-19

Mas antes de deixar Terras de Vera Cruz, muitos foram os colegas brasileiros que fizeram questão de elogiar o seu trabalho. O ator acha gratificante esses elogios, pois “se assim não fosse não conseguiria estar lá todo este tempo”. “Este regresso ao meu país foi apenas uma pausa e quando terminar as gravações seguramente irei voltar, até porque a minha estrutura familiar, bem como a próxima novela que vou fazer, é no Brasil”, salienta.

Este regresso teve um sabor agridoce, já que o ator acabou por ficar infetado com a Covid-19 pouco tempo depois de chegar a Portugal. “Mais tarde ou mais cedo, acabaremos por estar em contacto com esta doença. Tive apenas sintomas leves e fiquei 15 dias em isolamento”, revela.

Ainda sem tempo para sentir saudades da mulher e do filho, pois “vieram passar o Natal e o fim de ano a Portugal e vão-se embora no final do mês de janeiro”, o reencontro está marcado após o fim das gravações, apontado para março: “A ideia será ficar até uma semana depois do final das gravações, para desfrutar um pouco mais do meu pai, de quem senti mais falta. Depois é voltar, pois não escondo as saudades que já sinto do Brasil.”

Na verdade, a ausência paterna foi a que mais lhe custou ao longo destes últimos anos, bem como algumas iguarias gastronómicas. “Gostava que o meu pai estivesse mais presente, assim como alguns amigos”, diz.

Ser pai

O facto é que novas viagens ao país de origem estão já prometidas. “A minha família também está a criar novos afetos a Portugal e as minhas viagens futuras não serão tão espaçadas no tempo como foram no passado”, refere. Mas será que, na atualidade, Paulo Rocha é a mesma pessoa que decidiu viver há dez anos uma aventura profissional além-fronteiras?

Para o ator, “o Paulo Rocha que foi para o Brasil há uma década já é uma memória um pouco distante. Agora, talvez esteja mais sério, mais concentrado e mais velho, seguramente”. “Por outro lado, o facto de ser pai dá-me outra responsabilidade, mas também muitas alegrias, o que é bom.”

Para 2021, o desejo é que seja um ano “de muita felicidade, pois está a ser muito difícil para todos nós”. Sobre como irá encontrar o Brasil quando regressar, o ator espera que tudo corra pelo melhor: “O povo brasileiro é profundamente resiliente. Sobrevive a muitas adversidades e estarei lá para ajudar, pois já me sinto brasileiro e seria estranho se assim não fosse. Foi um povo que me acolheu de forma calorosa e onde formei a minha família. Sinto que a minha ligação com esse país é inquebrável, incontornável e indissolúvel”, reforça.

Elogios à mulher, Juliana Silva

A viver uma história de amor com Juliana Silva, por quem se apaixonou quando chegou ao Brasil, o ator desfaz-se em elogios à mãe do filho, Zé Francisco, de dois anos. “Ela é linda, fantástica. Sou um homem cheio de sorte. É muito mais do que aquilo que eu poderia alguma vez esperar. Trouxe-me tanta coisa para a minha vida. É algo único. Como é paciente comigo e como consegue amar todos os meus defeitos, transforma-me num homem melhor”, refere.