Rita Pereira fez um longo desabafo sobre um dos dias mais triste da sua vida em que teve de sorrir e fingir que estava feliz. A atriz recordou o acidente da irmã, Joana Pereira, que a atirou durante semanas para a cama do hospital, e de como a profissão de atriz a obrigou a sorrir e fingir que estava tudo bem.
“Quero partilhar algo mais pessoal convosco. Uma partilha de sentimentos, porque eu não estou sempre feliz e faço questão que saibam disso. Estas fotos foram tiradas a uma cena que dá no episódio de hoje (terça-feira, 21)”, começa por escrever.
“Dia 11 de Fevereiro. Passei essa manhã no hospital de São José com a minha irmã. Ela tinha tido um acidente. Deixei-a sozinha, para ser internada, sem saber qual a próxima vez que a poderia ver. Não pude ficar o tempo que eu queria com ela porque tinha de ir gravar. Às 14h da tarde tinha de estar em Oeiras. Fui a chorar o caminho todo do hospital ao local de gravação. Foi dos dias mais tristes da minha vida. Ver o sofrimento da minha irmã sem conseguir ajudar”, continua a partilhar.
Rita Pereira admite: “Custou-me imenso confesso”
Rita Pereira dá vida a Maria em Quero é Viver, personagem que a atriz já afirmou ser o papel da sua vida, justamente por a por à prova todos os dias. Personagem essa que lhe tem valido rasgados elogios à sua performance. “Mas chegada às gravações tive de me esquecer de tudo pelo qual estava a passar e viver a vida da Maria, num momento de enorme felicidade juntamente com a ‘mãe’ e ‘irmãs’. Custou-me imenso confesso. Só queria ficar sozinha, sem falar com ninguém, sem sorrir, sem ter de explicar porque estava assim”, desabafa para depois explicar que a vida de ator não é um mundo cor de rosa.
“Mas o ator não pode fazer isso. O ator tem mesmo de desligar o botão da sua vida e ser outra pessoa naquele momento. Memorizar as falas, não estragar a makeup com lágrimas pessoais, estar presente por inteiro. O ator nunca pode ser substituído num dia triste, nunca pode ligar a dizer que não vai. Ser actor tem coisas incríveis, mas tem outras que mais nenhuma profissão obriga a fazer”, termina.
Texto: Ana Lúcia Sousa
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