Nacional

Tânia Ribas de Oliveira é uma mãe carinhosa mas garante que diz muitos «nãos»

5 Maio, 2019

Para celebrar o dia da mãe, Tânia Ribas de Oliveira almoça e janta com todas as mães e filhos da família. Mas afinal como é a apresentadora da RTP1 como mãe?

Tânia Rias de Oliveira é mãe de Tomás há seis anos e de Pedro há três, fruto da relação com João Cardoso. De lá para cá tudo mudou na vida da apresentadora, Tânia assume que é uma mulher muito feliz como mãe, mulher e profissional.

Em entrevista à Maria, a propósito do Dia da Mãe, que se celebra este ano a 5 de maio, Tânia abre o coração e garante que não quer mais filhos. «Fechou a loja», assume.

Entrevista:

É mãe há seis anos. Como comemora o dia da mãe?

Acabo por comemorar com várias mães da família, porque por eu ser mãe não deixo de ser filha. A minha mãe também comemora o dia da mãe com os filhos e a minha sogra também. Conseguimos fazer o dia da mãe dividido por toda a gente. Almoço com uns, janto com outros. Somos mais de dez.

Consegue ir à escola deles?

Tenho uma espécie de uma montra de todos os trabalhinhos que eles vão fazendo, independentemente de ser o dia da mãe. Mas o dia da mãe é um dia muito feliz. Vou passar o dia com eles à escola, primeiro com um e depois com o outro, dão os presentes que prepararam na escola, em casa tenho um presentinho, flores… O Tomás agora também já sabe escrever, disse que me vai escrever uma carta. É a primeira vez.

Como é a Tânia como mãe?

Sou muito carinhosa com eles, mas gosto muito de crianças bem educadas e eu sei dizer que não. Sei que há pessoas que têm essa dificuldade, mas eu sei dizer que não. Os «nãos» fazem crescer muito mais rapidamente do que os «sins». Tenho imenso prazer em levá-los ao colo, são miúdos com muita sorte, digo-lhes isso muitas vezes, não têm essas consciência, nem têm de ter por causa da idade deles. Passam férias em todo o lado, os fins-de-semana sempre na rua a brincar… Mas eles sabem que não é pedir e ter, as coisas têm de se conquistar. As coisas custam dinheiro, os pais trabalham para o ter… e têm de perceber que a vida se conquista aos poucos. Acho que estamos a fazer um bom trabalho nesse sentido, eu e o pai.

Consegue ir à escola todos os dias?

O João vai po-los e eu vou buscar ou às vezes trocamos. Nós dividimos as tarefas todas em casa.

O Tomás pergunta-me se sou a Tânia Ribas de Oliveira

Eles têm consciência que a mãe tem muito mediatismo?

Agora já começam a ter, quando os vou buscar à escola as meninas mais velhas vêm pedir autógrafos, o Tomás diz muitas vezes quando é o pai a ir buscá-lo ninguém o chateia com os cadernos, e que a mim estão sempre a dar-me cadernos para fazer rabiscos, e não percebe para que serve. Eu explico que é porque apareço na televisão e os pais dos meninos conhecem-me e falam sobre isso.  Às vezes o Tomás pergunta-me se eu sou a Tânia Ribas de Oliveira. Eu respondo que sou a Tânia, a mãe. Ele acha que isso é um nome que não é bem o nome da mãe dele. Mas reagem com alguma naturalidade, eu também o faço, cumprimento as pessoas que vejo na rua, falo e eles sabem que isso faz parte da minha profissão.

Apesar de ter uma vida atarefada na televisão, consegue ser uma mãe presente?

Isso é uma prioridade imensa para mim. Eu sou a mãe que sou porque tenho uma vida profissional que me completa muito e sou a profissional que sou porque tenho uma vida em casa que me completa muito. Somos sempre fruto das muitas circunstâncias da vida. Tenho sorte, também a construo e isso é fundamental. O day time tem uma coisa extraordinária que é em direto acabo às 17.30 e ponto final, tenho umas reuniões, mas consigo estar em casa a horas para lanchar com eles, dar os banhos, os jantares, fazer os trabalho de casa, brincar.

Quando se é mãe os filhos passam a prioridade

O que mudou desde que foi mãe?

Tudo. Passamos imediatamente para segundo plano. A partir de uma determinada altura eles é que são a prioridade, o que é importante é que eles estejam bem e vivemos a nossa vida em função disso mesmo. Preocupo-me mais em estar sempre bem para os poder educar com saúde e durante  muitos anos até ser velhinha.

O que mais a preocupa hoje em dia na educação deles?

É eles perceberem que há um perigo em todas as esquinas, mas não viverem em função disso. As crianças são crianças,  têm de viver livres e brincar e não estar a pensar no que vai acontecer de hoje para amanhã, estão cá os pais para se preocuparem por eles. Quando chegar a adolescência tenho de me preocupar mais com isso, ainda não chegou. Sou muito do presente, sou descontraída, mas não vão por aí fora. Estamos sempre com eles de baixo de olho.

Pensa em ter mais algum filho?

Fechou a loja. Acho que está muito bem assim, tenho dois rapazes, na realidade sempre achei que ia ter dois filhos rapazes, acabou por cumprir-se um bocadinho esse desígnio. Tenho 42 anos, agora vou ve-los  crescer, ser feliz com o João, viajarmos muito. Já não voltamos para trás com fraldas, agora é para a frente.

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Paula Alveno

 

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