Saúde e Bem-Estar

As perdas de sangue perigosas que se confundem com menstruação no início da gravidez

4 Agosto, 2018

São muitas as mulheres que engravidam e não se apercebem do seu estado de graça

São muitas as mulheres que engravidam e não se apercebem do seu estado de graça, porque continuam com «menstruação»… que afinal são perdas de sangue que colocam em risco a saúde do bebé.

«Não, as mulheres não menstruam na gravidez. Têm perdas de sangue que podem ser regulares, que, para nós ginecologistas, são ameaças de aborto, desde que esteja grávida», explica ao site Crescer Lurdes Banazol.

Segundo a ginecologista-obstetra, as perdas são mais frequentes no início da gravidez, até às 12 semanas. «Essas perdas são pequenos descolamentos da placenta. Quando são grandes podem abortar», diz-nos.

«Perda de sangue na gravidez significa sempre ameaça de aborto»

O grande problema destas perdas de sangue é a falta de atenção da mulher perante o bebé. Normalmente, quem está, ou pensa que está, menstruada, vive de forma mais descansada, não se dirige ao ginecologista nem tem os cuidados que uma grávida deve ter. «Claro que é prejudicial, se as mulheres pensam que é menstruação, não fazem repouso e podem abortar. Não se hidratam suficientemente. O tabaco é prejudicial, se não estão imunizadas da Rubéola, como não sabem que estão grávidas podem apanhar a doença que dá defeitos graves (até às 12 semanas). O mesmo se passa com a toxoplasmose, porque comem carnes mal passadas, frutas e saladas mal lavadas, têm gatos, por exemplo…», avança em tom de alerta.

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Lurdes Banazol aconselha as mulheres a estarem mais atentas no dia em que têm perdas de sangue. «Devem estar atentas a outros sintomas de gravidez, por exemplo, dias que perdem sangue que é seguramente diferente (menos ou muito mais). As mulheres devem estar sempre atentas, mas por vezes não ligam! Temos que conhecer o nosso corpo!»

Sabia que se estiver grávida e com perdas de sangue, o teste dá positivo sempre? Se tiver dúvidas, já sabe, faça o teste!

«Quando se está grávida e se sabe que há ameaça de aborto tem que repousar e fazer tratamentos específicos!», remata a ginecologista-obstetra.

Carina Coelho, de 33 anos, não esquece o choque que teve ao descobrir que estava grávida… após três meses de menstruação. «Estive menstruada de forma regular durante os três primeiros meses de gravidez… sem sequer saber que estava grávida. Quando descobri foi um verdadeiro balde de água fria, porque não estava à espera, tomava a pílula normalmente, mas… o tomar de um antibiótico cortou o efeito da contraceção. Só soube no quarto mês de gravidez. Não tinha qualquer sintoma. Felizmente correu tudo bem», conta-nos a jovem, que hoje vive feliz com um menino, de 13 anos.

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