A 11 de abril assinala-se o Dia Mundial do Doente de Parkinson. A Maria falou com a neurologista Rita Moiron Simões sobre este problema que afeta o doente, mas também a família. A especialista admite, que numa determinada, altura o doente terá de ter um cuidador, e que esse cuidador também deverá ser vigiado.
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Conselhos da médica:
. É necessário haver um cuidador quando as dificuldades motoras se tornam mais frequentes e incapacitantes, o que acontece nas fases intermédia e tardia da doença.
. O cuidador tem um papel muito importante. É muito frequentemente um familiar próximo, geralmente a esposa ou o esposo do doente. A sua presença é essencial para que se consigam manter os cuidados adequados (horários e doses adequadas de medicação, cuidados com a alimentação e a medicação, hábitos de sono adequados, comparência à fisioterapia e outras terapias, manter rotinas) e prevenir situações de risco (como quedas ou dificuldades na deglutição), garantindo a estabilidade dos sintomas.
. É frequente o cuidador esquecer-se de si próprio e passar a viver em função do doente, para garantir que todas as suas necessidades são supridas. Por vezes nem se apercebe do desgaste emocional e podem surgir situações graves, como a exaustão do cuidador.
. Muitas vezes existem depressões que devem ser tratadas. Para evitar estas situações, o cuidador deve reservar diariamente um tempo para si, para fazer algo que goste e lhe dê prazer.
. Nas situações de maior sobrecarga deve ser procurada ajuda como apoio domiciliário para cuidados de higiene, alimentação com a casa, centro de dia e internamento para descanso do cuidador.
Texto: Ana Lúcia Sousa, com a Dra. Rita Moiron Simões, neurologista no Hospital Beatriz Ângelo e CNS
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