Saúde e Bem-Estar

Baby Led Weaning: Os riscos da nova alimentação para bebés que conquistou Andreia Rodrigues

25 Junho, 2019

O Baby Led Weaning é uma das mais recentes tendências de alimentação para bebés e já conquistou Andreia Rodrigues mas acarreta riscos.

No Baby Led Weaning (BLW), os tradicionais purés para bebés são substituídos por alimentos inteiros e crus. A técnica tem ganho alguma popularidade nos últimos anos e já conquistou alguns famosos.

A apresentadora Andreia Rodrigues é uma das adeptas deste tipo de alimentação que defende a introdução de alimentos sólidos na alimentação infantil, logo a partir dos seis meses de idade. O BLW faz parte da rotina alimentar da filha Alice, precisamente desde os seis meses.

O termo Baby Led Weaning foi descrito, pela primeira vez, em 2005 pela britânica Gill Rapley, co-autora do livro Baby Led Weaning – Helping your baby to love good food, lançado em 2008 no Reino Unido. Gill Rapley defende que a melhor forma de introduzir a alimentação sólida aos bebés é através desta técnica, onde os bebés são incentivados a comer os primeiros alimentos sólidos, como frutas e vegetais, sozinhos e com as próprias mãos, logo a partir dos seis meses.

Este método alternativo à diversificação alimentar tradicional é considerado mais saudável por alguns especialistas, contudo, é também bastante controverso e pode acarretar alguns riscos, nomeadamente a asfixia.

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Os benefícios do Baby Led Weaning

A Associação Portuguesa de Nutrição esclarece que este método «promove a autoalimentação da criança, a partir dos seis meses, através da oferta de pedaços inteiros de alimentos, preferencialmente da refeição familiar, que a criança ingere com as suas mãos».

De acordo com a APN, no BLW, «a criança é encorajada a provar qualquer alimento, desde o início do período da alimentação complementar, sem haver uma ordem específica para introduzir os alimentos e sem o recurso a alimentos na forma de puré. Deste modo, é a criança que decide o que comer, a quantidade e o ritmo da refeição. Considera-se que, desta forma, a criança responde melhor aos sinais de fome e saciedade».

Um estudo realizado no Reno Unido com 655 mães de crianças entre os seis e os 12 meses de idade, demonstrou que os níveis de ansiedade das crianças associados à alimentação eram menores nas mães que adotaram o método BLW. Contudo, os investigadores do estudo alertam que as evidências científicas sobre os benefícios deste tipo de alimentação ainda são escassas e que mais investigações são necessárias.

Os riscos para o bebé

Estes são os maiores riscos do Baby Led Weaning, de acordo com a Associação Portuguesa de Nutrição. Tome nota!

Carências nutricionais

Por incluir os alimentos que são consumidos pela restante família, as refeições de BLW podem nem sempre ser nutricionalmente adequadas às crianças, devido ao uso de sal e de outros condimentos e ao modo de confeção. Para além disso, uma família que habitualmente consome alimentos processados, salgados e doces pode oferecer mais facilmente esses alimentos à criança através deste tipo de alimentação.

O que deve fazer: É fundamental que os pais e os cuidadores recebam conceitos de educação alimentar, particularmente relacionados com a idade pediátrica.

Risco de asfixia

Aos seis meses, a criança pode ainda não ter desenvolvido as capacidades motoras necessárias para ingerir os alimentos em segurança e há especialistas que consideram que o risco de asfixia é maior quando estas se auto alimentam, tal como é incentivado no BLW.

Contudo, de acordo com a Associação Portuguesa de Nutrição, há estudos que compararam este método de diversificação alimentar com o método tradicional e que verificaram que o risco de asfixia estava presente tanto na refeição de crianças do grupo BLW como do grupo tradicional.

O que deve fazer: É essencial o acompanhamento e a supervisão constante das refeições das crianças por parte dos cuidadores e/ou pais, bem como a educação alimentar para minimizar o risco de asfixia.

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Texto: Sofia Santos Cardoso; Fotos: Pixabay

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