Janeiro é, normalmente, a época de fazer o check-list para os restantes meses do ano. Os cuidados com a saúde não podem ficar de fora desta lista, sendo os tradicionais exames médicos de início de ano, de extrema importância, principalmente para as mulheres Se ainda não os agendou, esta é uma boa altura para o começara fazer. Dizemos-lhe quais os que deve fazer, pois ignorá-los pode trazer graves consequências na sua vida.
CITOLOGIA CERVICAL
Vulgarmente conhecida como teste de Papanicolau, é um exame de rastreio ginecológico com o objetivo de prevenir o cancro do colo do útero. Através deste exame, é possível detetar a existência do tumor cervical em fase inicial e verificar a presença de infeções e células cervicais que se podem transformar em cancerígenas.
Este exame é muito importante, uma vez que as hipóteses de sobrevivência ao cancro do colo do útero são muito elevadas quando detetado no início. A partir dos 21 anos o exame deve ser feito a cada dois anos. Já a partir dos 30, pode espaçar os exames ginecológicos para três anos.
HEMOGRAMA
O hemograma é um dos exames complementares de diagnóstico mais frequentemente requisitados e permite uma quantificação dos elementos celulares do sangue. Serve para monitorizar o estado geral de saúde, despistar ou diagnosticar uma condição médica como uma infeção, anemia e leucemia perante sinais e sintomas de fadiga, dor, febre, inflamação e hemorragias.
UROCULTURA
Calcula-se que 25 a 30 por cento das mulheres entre os 20 e os 40 anos desenvolvam infeções urinárias em alguma altura da sua vida. Deste modo, uma análise à urina é fundamental para confirmar a presença de bactérias, na qual são feitos exames de cultura, que acusam o tipo de bactéria e qual o antibiótico indicado para a combater.
Quando as infeções se repetem é também pedida uma ecografia das vias urinárias e uma avaliação ginecológica que ajude a detetar eventuais distúrbios que estejam na sua origem, como problemas renais
e infeções ginecológicas.
ULTRASSOM TRANSVAGINAL
O exame transvaginal serve para o médico visualizar, com maior proximidade e nitidez, as estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, sendo utilizado para avaliar a espessura do endométrio, sangramento uterino, presença de massa pélvica e anomalias no útero O seu médico pode indicar-lhe que faça este exame, caso sejam detetados indícios destas anomalias e, por isso, deve estar atenta aos principais sintomas do seu organismo. Após a menopausa, este exame é quase obrigatório e deve ser feito com frequência.
CONTROLO DA TIROIDE
Depois dos 30 anos, as mulheres têm três vezes mais hipóteses de desenvolver distúrbios da tiroide, principalmente o hipotiroidismo. Em alguns casos, a paciente começa a notar uma certa dificuldade em perder peso, queda acentuada de cabelo, enfraquecimento das unhas e maior sonolência.
A doença pode ser diagnosticada por um simples exame de sangue. Entretanto, quando o médico endocrinologista suspeita da presença de nódulos, poderá sugerir a realização de exames complementares, como ultrassonografia, ou mesmo uma biopsia.
MAMOGRAFIA
Quando diagnosticado precocemente, o cancro da mama pode ser curado em 85 por cento dos casos. Por isso, trata-se de um exame que deve ser realizado anualmente por mulheres acima dos 40 anos.
Se houver indicação clínica, as pacientes de alto risco, com histórico de tumor mamário na família, podem começar a realizar exames preventivos mesmo antes dos 35 anos. No entanto, a mulher deve sempre fazer o autoexame mamário mensalmente _ após o período menstrual, a partir dos 20 anos.
COLONOSCOPIA
É considerado o exame de eleição para o rastreio e diagnóstico precoce do cancro do cólon e reto, pelo que, dada a elevada incidência desta doença, idealmente todas as pessoas com mais de 50 anos
deveriam realizá-lo.
CONSULTA DENTÁRIA
Visite o dentista, uma vez por ano, não só para prevenir problemas dentários, mas também para evitar complicações que podem decorrer de problemas dentários e ter consequências graves como doenças cardíacas e renais.
ELETROCARDIOGRAMA
As doenças do coração são responsáveis por 35 por cento das mortes nas mulheres portuguesas.
Trata-se de um dos exames complementares de diagnóstico não invasivos mais frequentemente utilizados para avaliar a função cardíaca. Detetaa atividade elétrica do coração e pode diagnosticar arritmias, patologias coronárias, enfarte do miocárdio, entre outros problemas. Deve ser executado periodicamente, a partir dos 40 anos.
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Texto: Revista Maria; Fotos: Pixabay
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