Saúde e Bem-Estar

Quarentena: Isto é o que acontece ao nosso corpo quando estamos fechados muito tempo

29 Março, 2020

Estamos em quarentena e é assim que devemos estar. Mas este isolamento provoca alguns efeitos no nosso corpo e que devemos ter atenção para evitar problemas maiores.

Em quarentena. Estamos a enfrentar uma das maiores pandemias que há memória no mundo. O momento é de prevenção e de nos mantermos em casa para prevenir que ela se expanda ainda mais. Estar em quarentena é urgente, mas tal isolamento tem efeitos no nosso corpo que não vemos a curto prazo.

Falámos com Pedro Lopes, o médico do Você na TV!, TVI, que nos explica quais os efeitos no nosso corpo de estar fechado em casa.

«Vamos perdendo massa muscular por não fazer atividade física normal do nosso dia a dia, pelo simples facto de não sairmos de casa, caminhar, rotinas que estimulam a atividade muscular. Não estou a falar de quem faz ginásio ou exercício físico regular, mas sim das nossas rotinas de sair de casa e ir para o emprego, por exemplo», revela o especialista de saúde.

Mas não é só. Estar em casa sem apanhar um único raio de sol ou ar da rua também tem efeitos. Mais do que imaginamos. «Estando nós mais confinados a casa os níveis de vitamina D deverão baixar, esperemos que seja por pouco tempo… é importante, para quem possa, fazer um passeio higiénico sempre fora das horas habituais a que mais pessoas possam ir. Arejar bem a casa é muito importante, principalmente se houver alguém potencialmente contaminado», aconselha o médico, também ele com sintomas da Covid-19.

«A longo prazo poderá haver uma diminuição de cálcio nos ossos, que pode levar a um quadro de perda de massa óssea. Mas isto é a longo prazo. Para quem não tem varanda, se as pessoas estiverem à janela, ajuda a estimular a vitamina D», acrescenta.

Pedro Lopes alerta ainda que é importante adaptar a nossa alimentação a esta nova condição social. «Há uma adaptação necessária da alimentação. Neste momento não gastamos a mesma energia de quando estamos na nossa vida normal de trabalho. É importante manter alguma atividade física, adaptar alimentação, reforçar a ingestão de líquidos, fazer uma alimentação muito à base de verduras e citrinos para reforçar o sistema imunitário», explica.

O médico explica que manter as rotinas de acordar à mesma hora, manter as horas das refeições e apanhar ar na varanda ou janela ajuda-nos neste momento.

Saúde mental comprometida

O isolamento social não é benéfico para ninguém em situações normais. É necessário encontrar escapadinhas para manter a mente sã. Pedro Lopes explica que pode mesmo «levar a depressão». «Pode agravar esses sintomas, a falta de ocupação e ficarmos focados nas notícias, vai criar um quadro de ansiedade muito grande. É preciso que as pessoas se distraiam, que encontrem atividades para fazer em conjunto à distância. O convivo é fundamental, e também é importante encontrar tempo para estarem sozinhas, meditar. Estamos quase num Big Brother, 24 sobre 24 juntos na mesma casa. A verdade é que assistimos a um numero de divórcio muito grande na China, por exemplo, a um aumento de violência doméstica…», lembra.

Pedro Lopes sublinha ainda que as tecnologias são uma grande ajuda. «São uma forma das pessoas estarem «juntas», há aplicações que existem que são úteis para criar formas diferentes e lúdicas para que as pessoas se mantenham ligadas e para ter, ainda que falso, um efeito normalizador», termina.

Cuidados de higiene são fundamentais

O facto de estarmos mais em casa faz com que as divisões fiquem mais sujas. Pedro Lopes afirma que os cuidados de higiene domestica são fundamentais. «Manter as casas bem limpas e arejadas é fundamental uma vez que estamos mais tempo em casa… quem tem algumas patologias, ter a casa menos limpa pode agravar os sintomas respiratórios», explica para deixar o alerta: «Quem tem pessoas em quarentena (infetados ou possíveis infetados)… evitar estar com essa pessoa, e desinfetar tudo cm mais frequência.»

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Redes Sociais

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