Rosinha tem uma imagem de marca que muito a caracteriza, devido aos óculos de sol. Seja qual for a ocasião, a cantora não dispensa este acessório e, à conversa com Daniel Oliveira, no “Alta Definição” revelou o verdadeiro motivo para usá-lo.
“No olho direito, e só no olho direito, falta-me a membrana que o protege da luz solar. Só da luz solar, não da artificial. Se tirasse os óculos, o olho automaticamente fecha. Tenho 50 anos. Há 50 anos diziam que eu tinha qualquer coisa no olho, porque lacrimejava um bocadinho. Na minha adolescência é que experimentei os óculos de sol e fiquei ‘uau’.”, começou por explicar.
Como já usa óculos há muito tempo, o olho esquerdo de Rosa Maria Cequeira Inácio, o verdadeiro nome da artista, começou a ganhar sensibilidade à luz. “Fico mais confortável de óculos escuros do que sem eles”, acrescentou.
Pai de Rosinha estava “a apodrecer em vida”
Na mesma conversa, a cantora, de 50 anos, abriu o coração para falar sobre a morte do pai, que faleceu há 9 anos na sequência de uma cirrose medicamentosa.
Emocionada, Rosinha recorda o dia 1 de setembro de 2012. A cantora estava em São Miguel, nos Açores, a dar um concerto. Na manhã seguinte, recebeu um telefonema da irmã, que lhe comunicou a morte do progenitor, com quem tinha uma forte ligação.
O pai de Rosinha estava doente há vários anos, “literalmente a apodrecer em vida. Da cintura para baixo, tinha buracos no corpo que deitavam um líquido com cheiro nauseabundo” e a cantora confessou que a situação era irreversível. “Só ia piorar. O meu pai gritava 24 horas por dia porque tinha dores insuportáveis (…). Quando vinha a casa, ia para casa dos meus pais para que a minha mãe pudesse dormir (…). O facto de ele partir fisicamente, descansou. Já não sentia dor”, admitiu a artista de música popular.
E continuou: É estranho de uma filha dizer, e é difícil, mas quando o meu pai partiu eu pensei: ‘finalmente ele descansou.’ A minha preocupação a partir do momento em que soube que o meu pai tinha falecido, deixou de ser o meu pai. Passou a ser a minha mãe e a minha irmã. Ver o pai morto, ou a pessoa que se ama? Não é bom.”
“Sei que o meu pai não está cá, óbvio. Mas falo imenso com o meu pai quando estou muito feliz ou quando estou muito infeliz. Ele continua comigo, as coisas continuam se nós alimentarmos, se quisermos que elas continuem connosco. O meu pai continua e vai continuar, sem dúvida nenhuma”, concluiu.
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Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Redes sociais
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