Pedro Alves: Bino de "Festa é Festa" vestiu-se de Pai Natal vários anos. E há um motivo

Em “Festa é Festa”, dá vida a Bino. Já na vida real, vestiu várias vezes o disfarce de Pai Natal. Pedro Alves, de 46 anos, conta que assumiu o papel de velhinho barbudo para ajudar a surpreender os filhos de um amigo. E o amigo surpreendia os seus.

“Tinha a tradição de fazer sempre a surpresa do Pai Natal. Fazia isso todos os anos com um amigo. Eu ia fazer isso a casa dele, porque moramos relativamente perto, e depois ele ia fazê-lo a minha casa. Agora, os pequenos já estão grandes e o mais velho já não liga a isso, já não acredita no Pai Natal”, lamenta o ator de “Festa é Festa”.

Pedro Alves recorda essa tradição como “uma coisa engraçada”. “Era um objetivo que se tinha antes da meia-noite. Agora, como não há objetivos, é comer e beber até depois da meia-noite e adormecer no sofá”, ri-se.

O protagonista de “Festa é Festa” tem por hábito passar o Natal no Norte. Olha para esta quadra como algo “muito simples” e “familiar”, vivendo-a na companhia de “pais, filhos, mulher, irmã e sogros”. “Somos sempre os mesmos. Num ano, é em casa dos meus pais. Noutro ano, é em minha casa. Neste ano, calha em casa dos meus pais, mas as personagens são sempre as mesmas. Gosto muito do Natal. Mesmo muito, muito, muito”, assume.

O bacalhau é o rei da mesa na Consoada. Mas há mais. “No Norte, come-se bacalhau na véspera de Natal e, no dia a seguir, é o farrapo velho e o cabrito. E muito vinho maduro tinto e rabanadas, que é a minha sobremesa favorita. É aquele dia em que se engorda, engorda, engorda e não se faz mais nada”, brinca Pedro Alves.

E que papel tem o Bino de “Festa é Festa” na cozinha? A resposta vem com um trocadilho. “Tenho papel de cozinha. De resto, não faço mais nada”, ri-se. “Tenho o papel de abrir as garrafas, perguntar se é preciso alguma coisa, comer… Também é um papel muito importante na cozinha”, acrescenta.

O humorista também não perde muito tempo com presentes. “A minha mulher trata de tudo. Eu só compro uma prenda para o Natal: a da minha mulher. Ela compra as outras todas”, conta, referindo que, “geralmente, não é difícil” escolher o único presente que tem de comprar. E revela um facto curioso: “A minha mulher faz coleção de presépios. Grandes, pequenos, de todas as espécies… Portanto, quando vou a algum lado, é muito fácil escolher sempre uma recordação ou uma prenda para ela. Será algo desse género.”

Para a mulher, o presente está idealizado. E se tivesse a oportunidade de fazer uma oferta à personagem que interpreta em “Festa é Festa”? A sugestão é ambiciosa. “Sei lá… Se calhar, a Presidência da República, não sei… Ia ser giro. Presidente da República… das bananas”, ri-se.