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Se Cristina Ferreira é a transferência da década, esta foi a do século!

23 Agosto, 2018

Os valores da contratação de Cristina Ferreira pela SIC são galácticos. No entanto, há 19 anos, outro nome bem conhecido da televisão protagonizava uma mudança ainda mais astronómica!

A terceira semana de agosto de 2018 ficará para sempre marcada na história da televisão portuguesa. Foi nesta semana, mais precisamente a 22 de agosto, que se deu a maior transferência dos últimos tempos: a mudança de Cristina Ferreira da TVI para a SIC.

A imprensa nacional adianta que a apresentadora de 40 anos vai ganhar 80 mil euros por mês, valor esse que não foi oficialmente confirmado. A transferência não é inédita e, em 2011, a própria mentora de Cristina, Júlia Pinheiro, fez exatamente o mesmo movimento.

Veja também: as reações dos fãs à saída de Cristina da TVI

No entanto, nenhuma destas transferências se compara à que, em 1999, aconteceu da RTP para a SIC. A de Herman José. Será novidade para os mais jovens mas, à época, o impacto mediático desta mudança foi ainda maior do que o da transferência de Cristina Ferreira (descontando o facto de não existirem redes sociais e a internet estar a dar os primeiros passos).

Mas vamos a números.

A 22 de outubro de 1999, Herman José assinava um contrato de três anos com a SIC. O humorista, na altura com 45 anos, abandonava a RTP e acordava com a estação de Carnaxide, na altura liderada pelo falecido Emídio Rangel, um valor astronómico por cada episódio do Herman SIC, nada mais nada menos de que 14 mil contos (valor que, convertido em euros, dá qualquer coisa como 70 mil euros… se não entrarmos em cálculos matemáticos que incluam a inflação). Isto significa que, há 18 anos, Herman José recebia nada mais nada menos do que 280 mil euros por mês.

Este valor, no entanto, servia para a produção do formato, que era da total responsabilidade da Herman Zap Produções, a produtora do humorista.

Relembre: Herman José corrige Cristina Ferreira

No momento da assinatura do contrato, Emídio Rangel dizia, em declarações ao extinto jornal 24 horas, que a chegada de Herman José significava vitória. «O Herman vai ser líder de audiências aqui», profetizava o então diretor da SIC.

O talk show, que se estreou em fevereiro de 2000, foi a galinha dos ovos de ouro da SIC, com shares que chegavam aos 70%… pelo menos até à estreia do primeiro reality show da TV portuguesa, o Big Brother.

 

Outras transferências que deram que falar!

Em 2002, Catarina Furtado surpreendia ao sair da SIC. A namoradinha de Portugal, na altura uma das maiores estrelas do canal de Francisco Pinto Balsemão, rumava à RTP para apresentar aquele que se tornou um dos programas de maior sucesso da altura, o talent show Operação Triunfo. Na altura, noticiou-se que Catarina iria ganhar 15 mil euros por mês.

Em 2011, depois de negar durante várias semanas, Júlia Pinheiro assinava contrato com a SIC, voltando assim à estação que ajudou a fundar. Júlia, que agora será substituída por Cristina Ferreira nas manhãs da estação de Carnaxide, terminou a passagem pela TVI com a apresentação da primeira edição da Casa dos Segredos.

Em julho de 2010, Fátima Lopes protagonizava também uma polémica transferência. Depois de 15 anos na SIC, sendo adorada e seguida por milhões nas manhãs da estação, a apresentadora abandonava o canal, assumindo funções na TVI em setembro desse ano.

Em Janeiro de 2011, assumia as tardes da estação de Queluz de Baixo. O programa A Tarde É Sua é líder desde a estreia mas Fátima Lopes sofreu críticas dos fãs mais aguerridos que, durante meses, a criticaram por ter deixado a SIC.

2010 foi o ano de todas as transferências polémicas. Rogério Samora anunciava saída da TVI, onde tinha contrato de exclusividade, para integrar a ficção da SIC. No entanto, o processo não foi assim tão simples e a estação de Queluz de Baixo acabou por processar Samora por violação de contrato de exclusividade.

Isto porque, segundo da TVI, o ator tinha assinado contrato com a SIC quando ainda tinha ligação formal com a TVI. Em 2012, depois do caso ter chegado à barra dos tribunais, o ator e a estação chegaram a acordo extrajudicial, tendo Rogério Samora pagado uma indemnização à estação de Queluz de Baixo.

Texto Raquel Costa | Fotos: Arquivo Impala

 

 

 

 

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