Há coisas que nunca mudam. Neste caso, a paixão pelo luxo corre mesmo nas veias desta família. David Motta, filho mais velho de Maria das Dores, conhecida socialite dos anos 2000 – que em 2007 mandou matar o marido, o empresário Paulo Cruz, tendo sido condenada a 23 anos de prisão um ano mais tarde -, gosta tanto (ou mais) de viver bem do que a mãe.
Por isso, na manhã desta quinta-feira, dia 4 de janeiro, nove anos depois de ter visto a mãe ser condenada por ter mandado matar o padrasto, David Motta regressou de Nova Iorque, onde mora, para a apoiar. E como a foi buscar à penitenciária de Tires, em Cascais? Num luxuoso Mercedes.
Os dois saíram de braço dado e não quiseram prestar declarações à imprensa que esperava no local. «Não queremos falar», disse o criativo e produtor, aos gritos, à reportagem da TVI, que registou o momento da saída.
Tida como uma reclusa tranquila, que trabalha na biblioteca, Maria das Dores foi recompensada com a primeira saída precária, que já esteve para acontecer no ano passado. A socialite vai assim poder passar três dias em liberdade, regressando depois disso ao Estabelecimento Prisional de Tires.
O caso da morte do Rei da Fruta
Paulo Cruz foi morto à marretada por dois homens contratados por Maria das Dores. A mulher, que vivia segundas núpcias, procurava travar o pedido de divórcio do marido, que ameaçava acabar com a vida de luxo que vivia e com o estatuto que tinha alcançado.
Contando com o seguro de vida do conhecido Rei da Fruta para se manter financeiramente, não hesitou em arquitetar o seu homicídio. O casal tinha um filho em comum, Duarte.
Assim, Maria das Dores atraiu o empresário a um apartamento na Avenida António Augusto de Aguiar, que havia sido arrendado pela família para se mudar do Lumiar para o centro da cidade. Lá, foi surpreendido pelos dois homens – que ficou privado terem sido contratados pela mãe de David Motta – que lhe deram duas pancadas mortais na cabeça.
Maria das Dores chegou a chorar publicamente a morte do marido. Em 2010, a socialite foi condenada a outro crime. Desta vez, por burla, num outro processo que decorreu em Almeida.
O acidente de Maria das Dores
Durante os anos de casamento de Maria das Dores e Paulo Cruz, houve um acidente que pode ter marcado definitivamente a relação entre os dois e empurrado os acontecimentos para o desfecho criminoso.
Corria o ano de 2000 quando, na sequência de um acidente de viação, a socialite viu ser-lhe amputado o braço esquerdo. Quem conduzia o carro era o marido.
Fotos: Impala e DR
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