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ÚLTIMA HORA: Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, morre aos 61 anos

30 Novembro, 2017

Portugal diz adeus ao guitarrista que nunca será esquecido

Zé Pedro, guitarrista dos Xutos & Pontapés, morreu esta quinta-feira, 30 de novembro, aos 61 anos. O músico, que em 2011 se submeteu a um transplante hepático, tinha iniciado recentemente um novo tratamento.

O músico encontrava-se hospitalizado desde a semana passada mas acabou por falecer em casa.

De Lisboa a Timor

14 de setembro de 1956. Nascia José Pedro Amaro dos Santos Reis. Nado e criado em Lisboa, terceiro filho de uma família de sete irmãos, Zé Pedro foi uma criança cheia de energia

Desde bem pequenino, até aos seis anos, viveu em Timor, onde o pai, com carreira militar, estava destacado.

No início da década de 1960, a família regressou a Portugal e instalou-se no bairro dos Olivais, em Lisboa. É na capital que Zé Pedro ganha o gosto pela música, paixão essa impulsionada pelo primeiro concerto a que assistiu, do mítico Miles Davis, no Festival de Jazz de Cascais, com os pais.

Em 1977, viajou até França, num interrail. Assistiu a um festival de punk, que o inspirou para consolidar o sonho, os Xutos e Pontapés.

Nascem os Xutos

De regresso a Portugal, Zé Pedro conhece os Faíscas, cede-lhes a garagem dos pais para a sala de ensaios e é nomeado manager oficial.

É nessa garagem que tudo começa. Zé Pedro, Zé Leonel e Paulo Borges fazem audição a Kalú e mudam de nome para Xutos & Pontapés… depois de Beijinhos & Parabéns não ter sido aprovado.

Borges não aquece o lugar e chega Tim para completar o quarteto inicial.

A 13 de Janeiro, os Xutos & Pontapés Rock’n’Roll Band fazem a sua estreia de palco nos Alunos de Apolo, na festa comemorativa dos 25 anos do rock’n’roll. Tocam quatro temas às três da manhã. Este foi o primeiro passo de décadas de carreira.

Os Xutos e Pontapés surgiram em 1979, mas só em 87 a música «Circo de Feras» fez com que houvesse uma maior explosão da banda.

Até então, segundo Zé Pedro, foi o chamado, «viver um dia de cada vez».

O princípio dos anos 90 não foi fácil. A banda estava praticamente falida. Nessa altura, os Xutos estiveram parados e sem contactar uns com os outros durante cerca de meio ano. Mas depois da tempestade veio a bonança. Regressaram aos palcos e nunca mais pararam.

Zé Pedro, tal como a maioria dos músicos da sua geração, viveu intensamente, em determinada fase, a máxima ‘sexo, drogas e rock n’ roll’…até que uma hemorragia interna o levou para uma cama de hospital.

Mudar de vida

Em 2009, a vida de Zé Pedro mudava para sempre. Apaixonou-se por Cristina Avides Moreira e, passados quatro anos de namoro, o casal acabou por dar o nó, numa cerimónia que contou com a presença dos mais próximos.

Dois anos depois da união, a saúde do músico ficou fragilizada e Zé Pedro teve de ser submetido a um transplante hepático.

O princípio do fim

Em novembro de 2017, os Xutos encerrava a digressão no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, naquele que viria a ser o concerto de despedida de Zé Pedro dos fãs. Na sala de espectáculos lisboeta,  o músico apareceu com um semblante debilitado.

Ainda assim, assinalou o evento com uma mensagem no Facebook, agradecendo o carinho do público.

Mesmo com o mundo muitas vezes ao contrário, Zé Pedro sempre foi o homem do leme da sua vida.

O fundador do Xutos e Pontapés morreu esta quinta-feira, 30 de novembro, aos 61 anos.

[Notícia em atualização]

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