Estudar o comportamento humano numa relação amorosa é sempre uma tarefa complexa para a ciência. Entre falsos depoimentos e egos mais elevados, os resultados são sempre suscetíveis de erros.
Contudo, os resultados até agora obtidos seguem sempre o mesmo caminho: são poucos (ou nenhuns) os casamentos perfeitos. No que diz respeito às traições, um dos aspectos que a ciência mais tem tentado estudar, a mais recente investigação diz que os homens traem, em média, passados 11 anos de casamento. E as mulheres? Pois bem, no caso delas, a janela propensa a traições é bem mais longa: dos seis aos dez primeiros anos de casamento.
Este estudo publicado na revista The Journal of Sex Research contou com a participação de 423 pessoas que foram desafiadas a responder a um questionário sobre o seu comportamento sexual, incluindo potenciais traições.
Os resultados demonstraram a influência de três fatores na decisão de cometer ou não traição: a religião, o género e a duração do casamento – sendo que os participantes mais preocupados em ser fiéis eram mulheres religiosas e em casamentos de curta duração.
No entanto, as razões que levavam os participantes a afastar-se da traição estavam mais relacionadas com a manutenção de padrões sociais e com o medo de ficarem sozinhos do que propriamente com a preocupação de como a infidelidade poderia afetar o parceiro ou, se fosse o caso, os filhos.
A CRISE DOS SETE ANOS
A janela de infidelidade feminina descoberta no estudo volta a levantar suspeitas relativas à crise dos sete anos – a teoria de que muitos dos relacionamentos começam a ter problemas a partir dessa altura, chegando por vezes a terminar. Porém, segundo dados do INE de 2014, a média dos divórcios em Portugal ocorre por volta dos 16 anos de casamento.
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Texto: Revista Maria; Fotos: Istock
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